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Vicunha fecha parceria com Enel e inicia jornada de autoprodução de energia renovável no Nordeste

Fábricas da gigante têxtil em Ceará e Rio Grande do Norte serão abastecidas por energia eólica, reforçando compromisso com sustentabilidade e descarbonização

A Vicunha Têxtil, uma das maiores fabricantes globais de tecidos denim e brim, deu mais um passo importante em sua estratégia de sustentabilidade. A empresa anunciou um acordo com a Enel, líder mundial em energia renovável, para garantir que suas unidades industriais no Nordeste passem a ser abastecidas por energia limpa e de autoprodução. A iniciativa envolve a participação em cinco usinas eólicas do complexo Lagoa dos Ventos, localizado no Piauí, e deve começar a operar já a partir da segunda metade de 2025.

Com o novo modelo de fornecimento, as fábricas da Vicunha em Maracanaú e Pacajus, ambas no Ceará, além da unidade em Natal, no Rio Grande do Norte, serão integralmente alimentadas por eletricidade proveniente de fontes renováveis. Esse movimento é parte do compromisso da empresa em reduzir sua pegada de carbono e contribuir para uma cadeia têxtil mais sustentável e responsável — uma demanda crescente do mercado e dos consumidores finais.

O acordo, viabilizado pela Enel Comercializadora e Trading, já recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em fevereiro deste ano. Isso consolida a parceria como um marco tanto para a Vicunha quanto para a Enel, demonstrando a viabilidade econômica e ambiental da transição energética no setor industrial.

Energia limpa como parte da estratégia de descarbonização

A Vicunha vem se destacando por suas ações de sustentabilidade, que vão além da energia renovável. Em 2024, a empresa inovou ao lançar uma linha de denim produzida com mínimo uso de água de manancial, substituindo-a por água de reuso. Agora, com a mudança para a autoprodução de energia eólica, a companhia amplia sua atuação para reduzir emissões de carbono e otimizar o consumo de recursos essenciais.

“Buscamos sempre formas de contribuir com uma moda cada vez mais sustentável, otimizando o uso de recursos, como energia, água e matéria-prima, como algodão. A estratégia de descarbonização das nossas unidades fabris representa um enorme avanço neste sentido”, afirma Marcel Imaizumi, Diretor de Operações e Novos Negócios da Vicunha. “Estamos comprometidos com uma jornada de sustentabilidade que impacta positivamente toda a cadeia têxtil — do fornecedor até o consumidor final.”

A decisão de investir em autoprodução de energia também fortalece a posição da Vicunha como referência no mercado global de moda sustentável, onde grandes marcas e varejistas internacionais já cobram de seus fornecedores medidas concretas para reduzir impactos ambientais.

Enel reforça liderança em soluções energéticas sustentáveis

Para a Enel, a parceria com a Vicunha simboliza mais um passo na expansão de seu portfólio de soluções em energia renovável para o mercado corporativo. Segundo Francisco Scroffa, responsável pelo mercado não-regulado da Enel no Brasil, o compromisso da empresa é ajudar seus parceiros a equilibrar metas ambientais com benefícios econômicos.

“Essa parceria consolida o papel da Enel Comercializadora e Trading como referência no mercado de soluções em energia 100% renovável para grandes empresas. Estamos comprometidos em auxiliar companhias de todos os setores produtivos em sua agenda de sustentabilidade, conciliando as metas de ESG com benefícios econômicos. A Enel dispõe de um portfólio diversificado, que consegue atender empresas de diferentes perfis, ampliando nossos parceiros na jornada pela descarbonização”, explica Scroffa.

A Enel tem investido em grandes complexos renováveis pelo Brasil, e o Lagoa dos Ventos, que agora abastecerá as unidades da Vicunha, é um exemplo desse avanço. O parque eólico é um dos maiores do mundo em operação de uma única fase, reforçando a capacidade do país de expandir sua matriz energética de forma sustentável.

O acordo é uma prova de que a união entre grandes indústrias e líderes do setor de energia pode transformar a maneira como o Brasil produz, consome e distribui eletricidade — beneficiando não só o meio ambiente, mas também a competitividade das empresas no mercado global.

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