Parques eólicos no Rio Grande do Norte e Paraíba recebem apoio financeiro, reforçando a sustentabilidade e a geração de empregos na região
O Nordeste brasileiro deu mais um importante passo rumo à liderança nacional na geração de energia limpa. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou a liberação de R$ 70,8 milhões em parcelas de financiamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Esses recursos irão beneficiar projetos de parques eólicos no Rio Grande do Norte e na Paraíba, fortalecendo ainda mais o protagonismo da região na transição energética.
A medida é parte de uma estratégia ampla que visa não apenas expandir a matriz de energia renovável do país, mas também impulsionar o desenvolvimento econômico e a geração de empregos na região. “O FDNE é um instrumento fundamental para atrair investimentos no setor de energia limpa e sustentável. Nos últimos anos, ele tem sido decisivo para a implantação de projetos eólicos e solares, posicionando o Nordeste como uma referência global em energias renováveis”, destacou Danilo Cabral, superintendente da Sudene.
Projetos e Impactos Diretos
No Rio Grande do Norte, o parque eólico Ventos de Santa Tereza 01, localizado no município de Pedro Avelino, recebeu R$ 15,7 milhões referentes à segunda parcela do financiamento total aprovado pelo FDNE. O projeto, que conta com investimento total de R$ 249,4 milhões, teve R$ 143,1 milhões financiados pelo fundo desde 2022. Com uma potência instalada de 41,3 MW, a iniciativa prevê a criação de 90 empregos diretos e indiretos, consolidando-se como um exemplo de empreendimento que une sustentabilidade e impacto econômico positivo.
Já na Paraíba, os cinco parques eólicos do Complexo Serra do Seridó (II, IV, VI, VII e IX), localizados em Junco do Seridó e operados pela multinacional EDF Renewables, também foram beneficiados. Esses empreendimentos integram um projeto maior que totaliza 12 parques eólicos e já está em plena operação desde julho de 2023. O investimento total no complexo é de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões foram financiados pelo FDNE. A liberação de recursos mais recente corresponde à quarta parcela do financiamento e soma R$ 15,7 milhões. Com uma capacidade instalada de 480 MW, o complexo é essencial para atender à crescente demanda por energia limpa no país.
O Papel do FDNE e a Democratização do Crédito
O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste é operado por instituições financeiras como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste (BNB), Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e Sicredi. Recentemente, a Sudene assinou um protocolo de intenções com o Banco do Estado de Sergipe (Banese), ampliando a rede de operadores do fundo.
Para Heitor Freire, diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, essa expansão é estratégica: “A democratização do acesso ao FDNE é essencial para que mais empreendimentos possam ser viabilizados em diferentes localidades. Essa medida está alinhada à política do Governo Federal de promover inclusão e desenvolvimento regional.”
Atualmente, o FDNE oferece condições de crédito altamente atrativas para projetos nos 11 estados de sua área de atuação. Para 2024, a previsão é que o fundo disponibilize R$ 1,1 bilhão para novos investimentos, consolidando sua posição como um dos principais motores do desenvolvimento sustentável na região.
Nordeste: Protagonista da Transição Energética
O crescimento de projetos eólicos e solares no Nordeste tem sido essencial para que o Brasil alcance suas metas de sustentabilidade e descarbonização. Além disso, esses empreendimentos representam uma fonte crescente de empregos verdes e uma alternativa viável para diversificar a matriz energética do país.
Danilo Cabral destacou que os esforços da Sudene vão além do financiamento: “Estamos trabalhando para atrair novos negócios e fortalecer a interação com o setor produtivo. Isso resulta em maior geração de emprego, renda e inovação para o Nordeste.”
Com investimentos robustos e políticas de incentivo alinhadas à sustentabilidade, a região se consolida como referência na transição energética, reafirmando seu papel como protagonista em um futuro mais verde e inclusivo.