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Reunião Ministerial de Energia do G20 em Foz do Iguaçu: Países Debatem o Futuro da Transição Energética Global

Encontro reunirá líderes mundiais para discutir políticas e inovações em energias renováveis e sustentabilidade

Foz do Iguaçu se prepara para ser o centro das atenções globais de 30 de setembro a 4 de outubro, ao sediar a Reunião Ministerial de Energia do G20. Este encontro reunirá ministros de energia, líderes e especialistas das principais economias do mundo, com o objetivo de discutir e promover políticas voltadas para a transição energética, um tema crucial para o futuro do planeta.

A Itaipu Binacional, reconhecida por sua liderança em energia limpa e por ser um exemplo de parceria internacional bem-sucedida, desempenhará um papel central no evento. O Governo Federal também estará presente, reforçando seu compromisso com energias renováveis e tecnologias limpas. Entre as iniciativas que serão destacadas estão ações voltadas para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a descarbonização da economia.

Cooperação Internacional em Foco

A cooperação internacional será um dos pilares das discussões, com o Brasil se destacando em parcerias estratégicas para promover energias renováveis. Entre os exemplos estão colaborações com a Alemanha no desenvolvimento de tecnologias para energia solar e eólica, além de iniciativas com a China e a Índia no campo dos biocombustíveis. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou recentemente que “o Brasil é solo fértil para investimentos”, destacando a estabilidade jurídica do país e o retorno ao diálogo global sob a liderança do presidente Lula.

As expectativas para a Reunião Ministerial são altas. Os ministros discutirão os desafios da transição energética, incluindo a urgente necessidade de descarbonização. Em 2023, as emissões globais do setor energético atingiram um novo recorde de 37,4 bilhões de toneladas de CO2, conforme relatório da Agência Internacional de Energia (IEA). O setor energético é responsável por mais de 70% das emissões de gases de efeito estufa, o que ressalta a importância de ações contundentes.

No entanto, a IEA também apresenta um dado positivo: 2023 foi o primeiro ano em que mais da metade da produção de eletricidade nos países industrializados veio de fontes de baixas emissões, como renováveis e nuclear. O Brasil se destaca com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com cerca de 80% de sua eletricidade proveniente de fontes renováveis e uma forte presença de biocombustíveis no setor de transportes, especialmente o etanol.

Itaipu: Referência em Sustentabilidade

A Itaipu Binacional é uma referência internacional em energia limpa, preservando mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica. Essas áreas protegidas não apenas garantem a qualidade da água necessária para a geração de energia, mas também atuam como corredores ecológicos. A usina é a maior geradora de energia da história, com mais de 3 bilhões de MWh produzidos desde 1984, além de implementar ações de modernização e eficiência.

Além da produção de energia, Itaipu tem investido em educação e pesquisa, por meio do Itaipu Parquetec, e promove a diversificação de fontes renováveis, como solar, biogás e hidrogênio verde. O apoio a parcerias internacionais, como a Rede Global de Soluções Sustentáveis em Água e Energia, e a colaboração com instituições alemãs na expansão do hidrogênio verde demonstram o compromisso da Itaipu com um futuro sustentável.

Expectativas para o Futuro Energético

Rafael Gonzáles, presidente do CIBiogás, destaca a urgência de adotar fontes renováveis e espera que o encontro proporcione uma troca rica de experiências e políticas inovadoras. O CIBiogás, sediado no Itaipu Parquetec, está focado no desenvolvimento de biogás a partir de dejetos agropecuários, além de iniciativas para transformar biogás em petróleo sintético renovável.

“Em um mundo cada vez mais consciente da emergência climática, a Reunião Ministerial de Energia do G20 em Foz do Iguaçu representa uma oportunidade única para avançar na agenda global de sustentabilidade”, afirma Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu. Ele acrescenta que a liderança do Brasil será crucial para inspirar ações concretas em prol de um futuro energético mais limpo e sustentável.

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