Energia Nuclear em Foco: Rio de Janeiro Sedia Simpósio Anual da Seção Latino-Americana da American Nuclear Society (LAS/ANS)

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Autoridades e especialistas se reúnem para debater o papel da energia nuclear no desenvolvimento sustentável e na transição energética

O Rio de Janeiro se transformou no epicentro das discussões sobre energia nuclear na América Latina com o início do Simpósio Anual da Seção Latino-Americana da American Nuclear Society (LAS/ANS). O evento, que teve início ontem (15) e se estenderá até a próxima quinta-feira (18), está sendo realizado na sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e conta com a participação de autoridades e especialistas renomados de diversas partes do mundo. O foco principal é debater a aplicação da energia nuclear no desenvolvimento sustentável e na transição energética.

Considerado um dos mais importantes eventos da área na América Latina, o simpósio tem como tema central “Cooperação Regional para a Transição Energética: O Papel da Energia Nuclear nas Restrições Ambientais e Tecnológicas”. Este tema destaca a importância da colaboração entre os países da região para enfrentar os desafios energéticos globais de forma eficiente e sustentável.

Eletronuclear: Patrocinadora e Protagonista

A Eletronuclear, empresa responsável pelo complexo nuclear de Itaorna, em Angra dos Reis, é a patrocinadora do simpósio deste ano. A empresa tem um papel crucial na administração e operação das usinas nucleares brasileiras, contribuindo significativamente para a matriz energética do país de maneira segura e eficiente. A Eletronuclear tem sido uma voz ativa na promoção da energia nuclear como uma solução viável para a transição energética e a redução das emissões de carbono.

Programação e Destaques

O simpósio oferece uma programação rica e diversificada, incluindo mesas-redondas, painéis de debate e palestras de keynote speakers. Um dos momentos mais aguardados foi o painel “Tecnologia Nuclear para a Transição Energética”, realizado no dia 15 de julho e moderado pelo Almirante Ney Zanella, representante da LAS-ANS Brasil. Este painel contou com a participação de Thiago Ivanoski Teixeira, Diretor de Estudos Econômicos-Energéticos Ambientais da EPE, indicado pelo Secretário do Ministério de Minas e Energia, Thiago Vasconcellos Barral.

Durante o painel, foram discutidos os avanços tecnológicos e as inovações que a energia nuclear pode trazer para a transição energética, especialmente no contexto das restrições ambientais e tecnológicas. Os participantes enfatizaram a importância da inovação contínua para garantir a segurança e a eficiência da energia nuclear, bem como para promover sua aceitação pública.

Cooperação Regional e Intercâmbio de Conhecimentos

Um dos principais objetivos do simpósio é fomentar a cooperação regional entre os países latino-americanos. Este enfoque é crucial para o desenvolvimento de políticas integradas e eficazes que possam enfrentar os desafios energéticos comuns. A presença de autoridades e especialistas de diversos países reforça a importância desta colaboração, permitindo o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias.

O evento serve como uma plataforma para a troca de ideias e melhores práticas, permitindo que os participantes aprendam com as experiências uns dos outros e desenvolvam soluções conjuntas para os desafios do setor nuclear. A cooperação regional é vista como uma estratégia fundamental para o fortalecimento do setor nuclear na América Latina e para a promoção de uma matriz energética mais sustentável.

Transparência e Aceitação Pública

A aceitação pública da energia nuclear foi tema de um importante debate durante o simpósio. O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, destacou a necessidade de “abrir as portas” do setor para diminuir o desconhecimento e o preconceito da população em relação à energia nuclear. Durante seu discurso, Lycurgo enfatizou o trabalho de transparência desenvolvido pela companhia, incluindo as visitas recentes de profissionais da imprensa à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).

“Infelizmente, existe uma variedade de desconhecimento e preconceito. Precisamos utilizar uma comunicação clara e levar todas as externalidades positivas que a indústria tem a oferecer. As visitas dos jornalistas são importantes porque eles têm a oportunidade de conferir que é seguro e é verdade tudo o que se fala sobre a energia nuclear. A melhor defesa que a gente faz do nosso setor é abrir as portas”, declarou Lycurgo.

Ao abordar a questão da segurança, Lycurgo utilizou como exemplo os próprios funcionários da Eletronuclear, que moram nas proximidades das usinas nucleares com suas famílias há quase 40 anos, demonstrando a confiança na segurança das operações.

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