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BTG amplia fatia na Light com aval do Cade e reforça posição estratégica no setor elétrico

Com aval sem restrições, banco eleva sua fatia na companhia de energia de 4,99% para 15,17%; operação reforça posicionamento do BTG no mercado de energia sem alteração no controle da empresa

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem quaisquer restrições, a operação pela qual o BTG Pactual aumentará sua participação acionária na Light S.A. (LIGT3). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (13) e autoriza que o banco eleve sua fatia no capital social da companhia de energia de 4,99% para 15,17%, consolidando um movimento estratégico no mercado elétrico nacional.

As ações estão sendo adquiridas pelo BTG junto ao Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado LS (Fim LS). Segundo informações prestadas ao Cade, a operação não resultará em alteração no controle, na gestão ou na administração da Light, que permanece como empresa de capital aberto e com atuação independente.

O BTG justificou a operação ao órgão antitruste como parte de sua estratégia de investimentos e destacou que se trata de uma “oportunidade de geração de valor para o Grupo BTG Pactual e seus acionistas”. A transação também contou com anuência do Banco Central do Brasil e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), reforçando a segurança institucional e regulatória da operação.

Integração no setor de energia sem impacto concorrencial

A transação gera sobreposição horizontal entre as atividades da Light e de empresas do grupo BTG Pactual em geração, transmissão e comercialização de energia elétrica. No entanto, as partes envolvidas asseguraram ao Cade que essas sobreposições não geram preocupações concorrenciais, uma vez que a participação de mercado das empresas nos respectivos segmentos é considerada baixa.

A Superintendência-Geral do Cade concordou com o argumento e destacou que a operação não compromete a concorrência no setor elétrico, tampouco afeta de forma significativa os mercados relevantes. A aprovação sem restrições reforça a robustez da análise regulatória brasileira, ao mesmo tempo que confirma o alinhamento do investimento com as diretrizes legais e setoriais.

Reestruturação da Light e ambiente de investimentos

A Light, distribuidora que atua no estado do Rio de Janeiro e está em processo de recuperação judicial desde 2023, tem passado por um intenso processo de reestruturação. A entrada de um investidor relevante como o BTG Pactual, com histórico consolidado no setor financeiro e crescente atuação no mercado de energia, pode contribuir para fortalecer a governança e a estabilidade da empresa em um momento crítico de sua trajetória corporativa.

Vale lembrar que a Light tem enfrentado desafios operacionais e financeiros, notadamente ligados a perdas não técnicas, inadimplência e altos índices de furto de energia em sua área de concessão. A ampliação da participação do BTG pode sinalizar confiança na capacidade de recuperação da companhia e interesse estratégico na cadeia de valor do setor elétrico brasileiro, particularmente no segmento de distribuição.

Oportunidades futuras no setor energético

O movimento também é sintomático do crescente interesse de grupos financeiros por ativos do setor elétrico. Com a agenda de transição energética em curso, e a necessidade de modernização das redes e ampliação das fontes renováveis, o setor tem se mostrado atrativo para investidores institucionais que buscam exposição a ativos de infraestrutura, com retorno estável e impacto climático positivo.

Ao mesmo tempo, a diversificação do portfólio de investimentos em energia também permite que instituições como o BTG Pactual ampliem sua influência em projetos de geração distribuída, eficiência energética e comercialização de energia no mercado livre, áreas com grande potencial de crescimento no Brasil nos próximos anos.

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