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GDSUN e Bow-e firmam parceria para operar novas usinas solares e expandir GD no Brasil

Com presença em quatro estados, empreendimentos impulsionam acesso à energia limpa e descentralizada

Em um movimento estratégico que reforça o avanço da energia solar no Brasil, as empresas GDSUN e Bow-e oficializaram uma parceria para implantação e operação de cinco novas usinas fotovoltaicas (UFVs). Os empreendimentos, localizados nos estados de São Paulo, Bahia, Ceará e no Distrito Federal, somam uma capacidade instalada de 13,8 megawatts (MW) e representam um passo significativo na ampliação da geração distribuída no país.

O investimento da GDSUN nos projetos foi da ordem de R$ 84 milhões, consolidando a empresa como um dos players em expansão no segmento solar. A Bow-e, que integra o Grupo Bolt Energy, também fortalece sua presença no mercado ao assumir a operação e o arrendamento das usinas, com foco em eficiência, sustentabilidade e acesso democrático à energia limpa.

Avanço da geração distribuída no Brasil

O crescimento da geração distribuída tem sido uma tendência irreversível no mercado energético brasileiro. Com mais de 14 mil módulos solares instalados, as cinco usinas ocupam uma área total superior a 19 hectares, contribuindo diretamente para a descentralização da matriz elétrica nacional.

Duas unidades já estão em operação: Caracará, no Ceará, e Luis Eduardo Magalhães II, na Bahia. As demais — localizadas em Brasília (DF), Panorama (SP) e Barra do Arará (BA) — estão em fase de implantação, com previsão de entrada em operação nos próximos meses.

Segundo Simone Suarez, CEO da GDSUN, a colaboração com a Bow-e é estratégica e alinhada aos princípios de desenvolvimento sustentável da empresa.

“Na GDSUN, acreditamos que cada novo projeto é um passo em direção a um futuro mais sustentável, eficiente e colaborativo. Buscamos parceiros como a Bow-e, que compartilham desse propósito, para acelerar a transição energética e ampliar o acesso às fontes renováveis no Brasil”, afirma a executiva.

A força da Bow-e e do Grupo Bolt

Fundada em 2022, a Bow-e opera exclusivamente no modelo de geração distribuída e, em pouco tempo, se consolidou como uma das referências no setor. Integrante do Grupo Bolt, que possui um faturamento superior a R$ 1 bilhão, a Bow-e projeta representar entre 15% e 20% das operações do grupo nos próximos dois anos, com um faturamento estimado em R$ 360 milhões.

Com presença consolidada em 11 estados brasileiros — incluindo Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco e Bahia — a empresa tem como missão democratizar o acesso à energia limpa, oferecendo soluções sustentáveis, econômicas e de fácil adesão para seus clientes.

De acordo com Rafael Zanatta, diretor comercial e de operações da Bow-e, a meta é crescer de forma estruturada, mantendo o foco na experiência do consumidor.

“Estamos levando energia limpa e economia para milhares de brasileiros, democratizando o acesso à energia solar e contribuindo para um futuro mais sustentável. Nossa meta é continuar crescendo com foco na eficiência e na excelência no atendimento”, ressalta Zanatta.

Energia solar como vetor de desenvolvimento

A parceria entre GDSUN e Bow-e surge em um momento crucial para o setor elétrico brasileiro. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apontam que a geração distribuída ultrapassou a marca de 28 gigawatts (GW) em 2024, evidenciando o apetite do mercado por soluções descentralizadas e sustentáveis.

Além dos benefícios ambientais, com redução das emissões de CO₂ e menor pressão sobre o sistema interligado nacional —, os projetos de geração distribuída trazem impactos socioeconômicos relevantes, como a geração de empregos locais, desenvolvimento regional e acesso a tarifas mais competitivas para residências, comércios e pequenas indústrias.

Perspectiva para os próximos anos

A sinergia entre GDSUN e Bow-e ilustra um movimento crescente no setor: a formação de alianças estratégicas para acelerar a expansão da energia solar no Brasil. Com investimentos robustos, projetos bem estruturados e atuação focada em eficiência e sustentabilidade, as empresas se posicionam como protagonistas na transformação da matriz energética brasileira.

O avanço desses empreendimentos reflete não apenas uma oportunidade de negócios, mas um compromisso concreto com os desafios climáticos, a segurança energética e o desenvolvimento sustentável do país.

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