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Nova linha de transmissão de 500 kV reforça integração elétrica entre Sudeste e Nordeste e amplia escoamento de energia limpa

Empreendimento no Rio de Janeiro conecta regiões estratégicas, fortalece o Sistema Interligado Nacional e impulsiona o aproveitamento de fontes eólica e termelétrica

A expansão e a modernização da infraestrutura elétrica brasileira avançam com a integração da nova Linha de Transmissão (LT) de 500 kV Campos 2/Lagos C1 e C2 ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O empreendimento, localizado no estado do Rio de Janeiro e com extensão de 101 km em cada circuito, representa um marco estratégico para o setor energético nacional ao ampliar a conexão entre as regiões Nordeste e Sudeste, além de reforçar o escoamento da energia termelétrica e eólica.

O projeto integra o Lote 02 do Leilão de Transmissão 004/2018 e foi arrematado pelo Consórcio Neoenergia Guanabara, no contexto do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). A entrada em operação da linha foi oficializada no Relatório Diário de Operação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), após a conclusão bem-sucedida dos testes de energização dos dois circuitos, que já estão operando de forma contínua.

Fortalecimento do SIN e eficiência no escoamento energético

A LT Campos 2/Lagos C1 e C2 é um importante reforço ao sistema de transmissão em 500 kV no estado do Rio de Janeiro, permitindo maior confiabilidade e segurança no fornecimento de energia para milhões de brasileiros. A nova estrutura é fundamental para otimizar o escoamento da geração termelétrica, principalmente oriunda do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, e viabilizar o transporte eficiente da energia eólica gerada no Nordeste — fonte renovável em franca expansão — até os grandes centros de carga do Sudeste.

“A entrada em operação da Linha de Transmissão Campos 2/Lagos C1 e C2 é um marco para o fortalecimento do SIN e do nosso compromisso com a população brasileira. O MME atuou fortemente para garantir que as obras avançassem com agilidade e responsabilidade, assegurando mais confiabilidade no fornecimento de energia elétrica, além de contribuir diretamente para o desenvolvimento do país”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Infraestrutura robusta e expansão futura

O projeto também inclui a LT 500 kV Terminal Rio – Lagos C1 e C2, com extensão de 227 km por circuito, além de melhorias nas Subestações de 500 kV Campos 2 e Lagos. A previsão é de que todos os ativos que compõem o Lote 02 entrem em operação comercial até o final de 2025, ampliando ainda mais a capacidade de interligação elétrica do país.

A atuação coordenada do Ministério de Minas e Energia (MME) foi determinante para o sucesso do empreendimento, especialmente no que se refere ao acompanhamento das obras e à mediação com os órgãos ambientais, com o objetivo de prevenir atrasos e garantir a entrega conforme o cronograma estabelecido.

Com este reforço à malha de transmissão, o Brasil avança na diversificação da matriz elétrica e na integração de fontes renováveis, consolidando sua posição como um dos países com maior uso de energia limpa no mundo. A nova linha contribui diretamente para a resiliência do sistema elétrico nacional, reduzindo gargalos e viabilizando o crescimento sustentável da geração e consumo de energia.

Desenvolvimento regional e segurança energética

Além dos ganhos operacionais e estratégicos para o SIN, a entrada em operação da LT Campos 2/Lagos também gera impactos positivos na economia regional, com a criação de empregos diretos e indiretos durante as fases de construção e operação, e a dinamização da cadeia de fornecimento de equipamentos e serviços.

A infraestrutura instalada permite maior flexibilidade no despacho de energia, favorecendo a operação segura do sistema em situações de pico de demanda ou oscilação na geração. Em um cenário de transição energética e crescente eletrificação da economia, investimentos como esse são essenciais para garantir a estabilidade e a competitividade do setor elétrico nacional.

A integração da nova linha ao SIN representa um passo relevante rumo à modernização do sistema elétrico brasileiro, à redução das emissões de gases de efeito estufa por meio do uso intensivo de fontes renováveis e ao cumprimento das metas de descarbonização assumidas pelo país no âmbito dos compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas.

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