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ABDI e MME firmam acordo para impulsionar a eficiência energética como motor da reindustrialização brasileira

Com foco inicial no setor de HVAC-R, parceria busca integrar eficiência energética às políticas industriais e à transição energética justa

Nesta sexta-feira, 16 de maio de 2025, às 9h30, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério de Minas e Energia (MME) oficializam um novo capítulo na agenda nacional de desenvolvimento industrial sustentável. As instituições assinam um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que tem como propósito consolidar a eficiência energética como instrumento de política industrial, com impacto direto na competitividade da indústria nacional e no avanço da transição energética justa e sustentável.

O evento de assinatura ocorre na sede da ABDI, em Brasília, e contará com a presença da diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, e do secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, além de representantes de ambos os órgãos.

O ACT nasce com um objetivo ambicioso: alinhar políticas públicas de eficiência energética às diretrizes da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial lançada pelo governo federal que visa modernizar e tornar a indústria nacional mais inovadora, sustentável e tecnologicamente competitiva.

Setor HVAC-R no centro da estratégia

A primeira etapa do projeto será concentrada no setor de HVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração), um dos segmentos industriais de maior consumo energético e com grande potencial de ganhos em eficiência. O foco inicial será dado aos compressores, componentes críticos na cadeia produtiva, cuja modernização pode gerar reduções significativas de consumo e emissões.

A escolha do setor HVAC-R não é casual. Ele representa um ponto estratégico para políticas de eficiência energética, pois abrange tanto o mercado industrial quanto o residencial e comercial. A atuação sobre essa cadeia produtiva traz resultados em múltiplas frentes: reduz o consumo energético nacional, impulsiona a inovação tecnológica, fortalece a indústria local e contribui para os compromissos climáticos do país.

O projeto também visa criar um modelo replicável para outros setores da economia, promovendo uma abordagem sistêmica da eficiência energética como vetor da reindustrialização verde.

Governança colaborativa com setor produtivo

Um dos destaques do ACT é a sua governança baseada na colaboração entre governo e setor produtivo. O projeto contará com um comitê de acompanhamento que reunirá representantes de instituições públicas e entidades empresariais estratégicas, como a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

Essa articulação tem o objetivo de garantir que as ações desenvolvidas sejam alinhadas às necessidades reais da indústria, ao mesmo tempo em que estimulam a adoção de tecnologias mais limpas, o desenvolvimento de novos modelos de negócios e a qualificação de mão de obra.

Para a ABDI, a eficiência energética não é apenas uma questão técnica, mas sim uma estratégia de desenvolvimento nacional.

“Queremos que a eficiência energética seja um dos pilares da reindustrialização. Não se trata apenas de reduzir consumo, mas de aumentar produtividade, gerar inovação e transformar a matriz produtiva do país”, afirmou Perpétua Almeida.

Eficiência energética como política de Estado

Ao incorporar a eficiência energética ao planejamento industrial, o ACT firmado entre a ABDI e o MME avança na construção de um modelo de transição energética com justiça social e inclusão produtiva, em linha com as metas climáticas e de desenvolvimento sustentável do Brasil.

A parceria também reforça o papel da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME como coordenadora das estratégias públicas voltadas à transformação da matriz energética e à integração entre as políticas de energia e de desenvolvimento econômico.

“Esse ACT fortalece a capacidade do Estado em induzir um novo ciclo industrial baseado em baixo carbono e alta eficiência. É uma agenda essencial para a sustentabilidade econômica e ambiental do país”, declarou Thiago Barral.

A assinatura do Acordo representa um marco no esforço conjunto entre governo e setor produtivo para reposicionar o Brasil como liderança global em eficiência energética, inovação industrial e transição ecológica. A expectativa é que, a partir desse modelo, outros segmentos industriais sejam gradualmente integrados à estratégia, ampliando os impactos positivos sobre a economia, o meio ambiente e a competitividade brasileira.

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