Primeira edição nacional da competição internacional promovida pela Singularity University busca soluções inovadoras e sustentáveis no setor energético; inscrições foram prorrogadas até 15 de agosto
O Brasil, detentor de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, está prestes a ocupar um lugar de destaque no ecossistema global de inovação em energia. Startups brasileiras com foco em soluções disruptivas para o setor têm agora até o dia 15 de agosto para se inscrever na primeira edição nacional do Global Impact Challenge (GIC), promovido pela renomada Singularity University, instituição sediada no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Realizado desde 2010 em diversos países, o GIC é uma das principais competições internacionais voltadas à inovação de impacto. Em sua estreia no Brasil, a iniciativa chega por meio da Singularity Brazil, em parceria com a HSM, com a missão de identificar e acelerar projetos que possam enfrentar os grandes desafios globais ligados à energia — e, ao mesmo tempo, gerar valor socioambiental.
A oportunidade é voltada a startups já estabelecidas, mesmo em estágios iniciais como ideação, protótipo, MVP (Produto Mínimo Viável) ou piloto. O foco está na apresentação de soluções tecnológicas escaláveis e sustentáveis para problemas reais do setor energético. Os participantes selecionados terão a chance de se conectar a especialistas globais, investidores e mentores, além de concorrer a uma vaga no palco internacional do Global Impact Awards, que será realizado entre os dias 1º e 5 de dezembro, na Califórnia (EUA).
“O GIC é mais do que uma competição. É uma plataforma de transformação. As startups participantes terão acesso a conhecimento de ponta e networking global, além da chance de testar suas ideias em um ambiente altamente qualificado”, explica Glaucia Guarcello, diretora-executiva da Singularity Brazil e de Novos Negócios da HSM.
Energia como vetor de desenvolvimento sustentável
Com projeções que apontam um mercado de US$ 124 bilhões até 2040, o setor energético brasileiro desponta como campo fértil para soluções disruptivas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), 84,49% da matriz elétrica nacional em 2024 já era composta por fontes renováveis, como hidrelétricas, solar, eólica e biomassa — um dos índices mais elevados do planeta.
Esse cenário coloca o Brasil em posição estratégica para liderar uma nova onda de inovações que podem ser exportadas para o mundo. O GIC pretende justamente acelerar esse movimento, dando visibilidade internacional às ideias mais promissoras.
“É uma experiência exponencial que amplia horizontes e desafia os empreendedores a pensar globalmente. A convivência com o ecossistema do Vale do Silício gera mudanças profundas na forma de empreender, identificar oportunidades e escalar soluções”, destaca Reynaldo Gama, CEO da HSM e da Singularity Brazil.
Critérios, etapas e premiação
Para participar, os empreendedores devem preencher um formulário detalhado no site oficial da competição, enviar currículo atualizado, um vídeo apresentando a motivação por trás da solução e um pitch explicativo da proposta para o desafio global de energia. Também é exigido fluência em inglês e disponibilidade para viajar e participar de todas as fases do programa.
As propostas serão avaliadas com base em critérios como:
- Viabilidade técnica e econômica;
- Potencial de impacto ambiental e social;
- Inovação e escalabilidade;
- Validação de mercado da startup;
- Experiência de liderança dos fundadores.
Em setembro, as dez startups mais bem avaliadas participarão do Pitch Day, agendado para o dia 25, em que apresentarão suas soluções a uma banca de especialistas, investidores e representantes do setor. Três startups serão escolhidas para representar o Brasil na final global do GIC em dezembro, nos EUA.
Mais do que reconhecimento: uma rede de oportunidades
Participar do Global Impact Challenge significa entrar em contato com um dos mais avançados ecossistemas de inovação do mundo. Os finalistas terão acesso a uma rede exclusiva de mentores, investidores, aceleradoras e centros de pesquisa, além da chancela de uma das instituições mais prestigiadas no campo da tecnologia e impacto social: a Singularity University.
O programa ainda oferece visibilidade internacional, oportunidades de captação de recursos e apoio para internacionalização das startups. Ao mesmo tempo, contribui para consolidar o Brasil como referência em soluções sustentáveis e tecnológicas no setor de energia.
“É a chance de colocar o Brasil no centro das discussões sobre o futuro da energia no mundo. Estamos falando de soluções que podem ajudar a combater a crise climática, aumentar o acesso à energia limpa e promover desenvolvimento de forma justa e eficiente”, afirma Guarcello.
Com a prorrogação do prazo de inscrição, a organização espera atrair ainda mais projetos com alto potencial de impacto. A expectativa é revelar talentos capazes de transformar o setor energético e contribuir com as metas globais de descarbonização e transição energética.