Com apoio da GreenYellow, empreendimentos em nove estados somam 31 MW de potência instalada e contribuem para a transição energética e redução de emissões de carbono no país
O avanço da energia solar no Brasil ganhou novo impulso com a entrada em operação de 16 usinas fotovoltaicas distribuídas em 13 cidades de nove estados das regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Norte do país. O projeto, liderado pela GreenYellow e viabilizado por um financiamento de R$ 156 milhões concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reforça o protagonismo da geração distribuída na matriz elétrica brasileira e seu papel na consolidação de uma economia de baixo carbono.
Com potência instalada total de 31 MWAC, os empreendimentos foram implantados nos municípios de Matrinchã (GO), Costa Rica (MS), Canarana (MT), Américo de Campos (SP), Guaíba (RS), Venâncio Aires (RS), Santa Cruz do Sul (RS), Mondaí (SC), Alto Paraná (PR), Goianésia (GO), Itacoatiara (AM), Iranduba (AM) e Balsas (MA). Todos os projetos foram aprovados em 2024 e iniciaram operação no segundo semestre do mesmo ano.
O financiamento do BNDES utilizou duas linhas complementares: R$ 126 milhões provenientes do programa Finem (Financiamento a Empreendimentos) e R$ 30 milhões do Fundo Clima, instrumento do governo federal destinado a apoiar ações de mitigação das mudanças climáticas. A iniciativa alinha-se ao plano nacional de descarbonização e ao compromisso brasileiro de promover uma transição energética justa, segura e sustentável.
GreenYellow aposta no Brasil como mercado estratégico
Segundo Marcelo Xavier, presidente da GreenYellow no Brasil, o novo ciclo de investimentos marca um passo significativo na consolidação da empresa como referência em soluções de energia solar no país. “Nosso compromisso é entregar projetos robustos, com alta performance técnica e eficiência operacional. Com o apoio do BNDES, fortalecemos nossa capacidade de expandir a presença da energia solar distribuída em diferentes regiões e atender à crescente demanda por fontes renováveis”, afirmou o executivo.
Presente no Brasil há mais de uma década, a GreenYellow é uma subsidiária do grupo francês Casino e atua nos segmentos de geração distribuída, eficiência energética e gestão de energia. A companhia tem intensificado sua atuação em solo brasileiro diante do potencial de crescimento do setor solar, impulsionado por avanços regulatórios, acesso ao financiamento e políticas públicas de incentivo à sustentabilidade.
Contribuição climática e desenvolvimento regional
De acordo com estimativas do BNDES, a operação das 16 usinas evitará a emissão de aproximadamente 844 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e) ao longo dos 30 anos de vida útil dos empreendimentos. O dado reforça o papel estratégico da geração solar na mitigação de emissões e no cumprimento das metas climáticas assumidas pelo Brasil nos acordos internacionais, como o Acordo de Paris.
“O BNDES é hoje o maior financiador de energia renovável do mundo, segundo a Bloomberg, e segue atuando com foco em investimentos que promovam segurança energética e sustentabilidade ambiental. Projetos como este são fundamentais para expandir a produção limpa de energia e interiorizar o desenvolvimento econômico”, destacou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.
Além dos benefícios ambientais, a iniciativa também gera impactos socioeconômicos relevantes, como a geração de empregos diretos e indiretos durante a fase de construção e operação das usinas, a capacitação de mão de obra local e o fortalecimento da cadeia produtiva de equipamentos e serviços associados à energia solar.
Interiorização da energia limpa e inclusão energética
A localização dos empreendimentos em cidades de médio porte e regiões menos atendidas por grandes centros de geração reforça o papel da geração distribuída na interiorização da energia limpa. Essa descentralização melhora a confiabilidade do fornecimento, reduz perdas técnicas na transmissão e aproxima os centros de consumo das fontes de produção — contribuindo para tarifas mais competitivas e maior inclusão energética.
A entrada em operação das novas usinas também dialoga com a tendência de protagonismo da energia solar na matriz elétrica nacional. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicam que o Brasil já ultrapassou a marca de 40 GW de capacidade instalada em 2025, com forte participação da geração distribuída — que representa mais de 70% do total.