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Duda Salabert assume presidência da Subcomissão da COP30 e promete protagonismo do Congresso na agenda climática

Deputada liderará articulação institucional do Parlamento para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que será realizada pela primeira vez no Brasil, em Belém, em 2025

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) foi eleita nesta quarta-feira (7) para a presidência da Subcomissão Especial da Conferência das Partes (SUBCOP-30), vinculada à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. O colegiado será responsável por coordenar a atuação do parlamento brasileiro na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), evento que será realizado pela primeira vez no Brasil, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, na cidade de Belém, no Pará.

Em sua fala de posse, Duda Salabert destacou o papel estratégico do Legislativo no enfrentamento da crise climática e criticou a atuação discreta do Congresso brasileiro em edições anteriores do evento. “Já que o Brasil será o anfitrião e se tornará o epicentro do debate climático, entendemos a importância de o parlamento participar ativamente dessa construção. Em edições anteriores, a presença do Legislativo foi tímida, restrita a eventos paralelos. A proposta desta comissão é garantir que o parlamento tenha uma voz efetiva e que possa, de fato, incidir na construção da agenda climática local”, afirmou a deputada.

A SUBCOP-30 terá como missão articular a presença institucional do parlamento na conferência, promovendo uma agenda robusta que integre ações legislativas, articulações diplomáticas e propostas voltadas tanto para o evento em si quanto para seu legado socioambiental no Brasil. O grupo de trabalho também atuará em cooperação com a presidência da COP-30, liderada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, com governos estaduais, organizações da sociedade civil, representantes de povos tradicionais e demais atores do setor ambiental e energético.

Parlamento pretende entregar “Pacote COP” com propostas concretas

Uma das primeiras iniciativas anunciadas pela subcomissão é a elaboração de um “Pacote COP”, conjunto de medidas e propostas legislativas a serem apresentadas oficialmente durante a conferência. A ideia é consolidar sugestões do Congresso Nacional que possam influenciar os debates multilaterais e contribuir para a formulação de acordos climáticos mais ambiciosos e justos, alinhados com a realidade social e ambiental brasileira.

O documento também será orientado por temas estruturantes como justiça climática, proteção da biodiversidade, transição energética, reconhecimento de saberes indígenas e quilombolas, bioeconomia amazônica e redução das desigualdades regionais.

COP-30 no Brasil: oportunidade histórica para influenciar a governança climática global

A escolha de Belém como sede da COP-30 marca um momento simbólico e estratégico para o Brasil no cenário internacional. O país, que abriga a maior biodiversidade do planeta e integra as dez maiores economias globais, terá a oportunidade de reposicionar sua imagem diplomática e fortalecer sua liderança na agenda ambiental.

A realização do evento na região amazônica, epicentro de diversos conflitos socioambientais e também de soluções baseadas na natureza, reforça o protagonismo que o Brasil pode exercer na formulação de modelos sustentáveis de desenvolvimento.

A COP-30 reunirá 193 países-membros da ONU e cinco territórios associados, incluindo chefes de Estado, diplomatas, representantes de organizações multilaterais, cientistas, empresários e ativistas ambientais. Espera-se a presença de dezenas de milhares de participantes e a assinatura de acordos relevantes para o futuro climático do planeta, especialmente no que diz respeito à redução de emissões de gases de efeito estufa, ao financiamento climático e à implementação de soluções de adaptação e mitigação.

Representatividade, transição ecológica e integração institucional

A atuação de Duda Salabert à frente da SUBCOP-30 também simboliza o avanço de pautas ligadas à representatividade política, diversidade de vozes e à defesa de uma transição ecológica justa e inclusiva. Ao assumir a presidência da subcomissão, a parlamentar mineira sinaliza o compromisso de abrir canais de escuta com movimentos sociais, cientistas, comunidades tradicionais e juventudes climáticas, buscando garantir que o evento reflita a pluralidade do Brasil.

O desafio, agora, será transformar a visibilidade proporcionada pela COP-30 em ações concretas que deixem um legado institucional duradouro, tanto em termos de legislação ambiental quanto de compromissos políticos no âmbito nacional e internacional.

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