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Auren Energia registra EBITDA de R$ 1,2 bilhão no 1T25 e inicia trajetória de desalavancagem

Resultado do primeiro trimestre de 2025 evidencia força da integração com AES Brasil, aumento de eficiência operacional e geração de valor em meio à transição energética

A Auren Energia, uma das principais companhias privadas de energia do Brasil, iniciou 2025 colhendo os frutos de uma transformação estratégica iniciada com a incorporação da AES Brasil. No primeiro trimestre do ano, a companhia reportou o maior EBITDA ajustado da sua história: R$ 1,2 bilhão — um crescimento expressivo de 66% em relação ao mesmo período do ano anterior, considerando os dados combinados das duas empresas. A performance robusta foi impulsionada por uma geração energética de 3,8 GW médios, 30,8% superior ao 1T24, e por ações assertivas de gestão e sinergia.

Além do desempenho operacional recorde, a Auren iniciou com vigor seu processo de desalavancagem. A empresa reduziu sua dívida bruta em R$ 2,2 bilhões até abril, com destaque para a amortização extraordinária de 59% do empréstimo-ponte utilizado na aquisição da AES Brasil. A alavancagem medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado caiu para 5,0x, contra 5,7x em dezembro de 2024.

Integração com AES Brasil e ganhos operacionais

O trimestre marca o primeiro período completo após a fusão com a AES Brasil, consolidada em outubro de 2024. Desde então, a companhia se concentrou em duas frentes prioritárias: a integração total dos ativos e a redução da alavancagem financeira. A sinergia entre as operações já se materializa em ganhos de R$ 56 milhões no trimestre em PMSO, reforçando a meta anual de R$ 250 milhões em sinergias.

Na geração de energia, destaque para os ativos hidrelétricos, que entregaram 2,6 GW médios — um crescimento de 23,2% em relação ao 1T24 e 24,2% acima da garantia física, impulsionado por um cenário hidrológico favorável. Já os ativos eólicos apresentaram geração de 995 MW médios, superando o P90 em 0,8%, mesmo com curtailment de 8,3% e disponibilidade ainda inferior à meta de 95%. A geração solar também avançou, com produção de 205 MW médios, um salto de 120,5% frente ao ano anterior.

Expansão, investimentos e estratégia de portfólio

A receita líquida da Auren somou R$ 3 bilhões no 1T25, avanço de 33,6% sobre o mesmo período do ano anterior. O segmento de geração respondeu por R$ 1,6 bilhão e o de comercialização por R$ 1,8 bilhão, com este último alcançando um EBITDA ajustado de R$ 165 milhões — alta de 218% frente ao 1T24.

A estratégia da companhia envolve manter um portfólio diversificado, equilibrando contratos no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), além de manter um alto índice de contratação (96%) para os próximos dois anos.

Outro ponto de destaque foi o sucesso da segunda emissão de debêntures da Auren Participações, no valor de R$ 2 bilhões e com rating AAA. A operação reforça a credibilidade da empresa no mercado financeiro e foi estruturada com prazo de 10 anos e custo competitivo (CDI -0,50% a.a.).

Perspectivas

Com uma gestão focada em performance, a Auren segue implementando melhorias operacionais. A integração dos sistemas da AES Brasil avança — já foram descomissionados 140 dos 179 sistemas da companhia adquirida, e a unificação do SAP está em curso. A meta é concluir o processo até o segundo semestre de 2025, garantindo ganhos adicionais de escala e eficiência.

A gestão reforça que os bons resultados do trimestre são apenas o início de um ciclo de crescimento sustentado. “Estamos comprometidos com a criação de valor sustentável e a consolidação da nossa posição de liderança no setor elétrico brasileiro”, afirma Fabio Zanfelice, CEO da Auren.

Com resultados financeiros robustos, ativos operacionais eficientes e uma estratégia voltada à resiliência e à inovação, a Auren se posiciona para liderar a transição energética no Brasil, ampliando sua relevância no mercado e seu compromisso com a sustentabilidade.

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