Com operação do segundo módulo da UPGN em Itaboraí, estatal alcança 21 milhões de m³/dia em capacidade de processamento e reforça papel central no mercado nacional de gás
A Petrobras iniciou neste domingo, 5 de maio, a operação comercial do segundo módulo da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ). A ativação da nova etapa eleva a capacidade instalada da unidade para expressivos 21 milhões de metros cúbicos por dia, dobrando o potencial de processamento de gás da estatal no local e consolidando o complexo como uma das infraestruturas mais relevantes do setor energético brasileiro.
Parte do Projeto Integrado Rota 3, a UPGN de Boaventura é responsável pelo escoamento e processamento do gás natural extraído de campos estratégicos do pré-sal, como Tupi, Búzios e Sapinhoá. Após o tratamento, esse chamado gás rico é convertido em três derivados fundamentais: o gás natural canalizado (GN), o gás liquefeito de petróleo (GLP) — popularmente conhecido como gás de cozinha — e o C5+, um composto utilizado como matéria-prima na indústria petroquímica e na formulação de combustíveis.
A ampliação representa um passo decisivo da Petrobras em direção à autossuficiência no fornecimento interno de gás natural, reduzindo a dependência de importações e ampliando a resiliência energética do país. Além disso, a medida fortalece a atuação da estatal em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, no qual eficiência, inovação e segurança de abastecimento são diferenciais estratégicos.
Rota 3: robustez logística e segurança energética
O Projeto Integrado Rota 3 é uma das iniciativas mais ambiciosas da Petrobras no segmento de gás natural. Combinando gasodutos submarinos, infraestrutura terrestre e plantas industriais de última geração, o projeto conecta o pré-sal da Bacia de Santos ao Complexo de Itaboraí, promovendo uma cadeia logística eficiente e integrada.
“A Petrobras está empenhada em oferecer ainda mais confiabilidade de fornecimento aos clientes da indústria e das distribuidoras comprometidos em soluções sustentáveis e competitivas”, destacou Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia. Para ele, a entrada em operação do segundo módulo da UPGN é estratégica também para posicionar a empresa em um mercado de gás natural cada vez mais aberto e desafiador.
William França, diretor de Processos Industriais e Produtos, reforçou a importância do empreendimento para o país. “A entrada em operação comercial dos dois módulos da UPGN é mais uma demonstração de uma empresa que está comprometida com o Brasil. A Petrobras reafirma, com esse movimento, sua estratégia para o mercado de gás, sem abrir mão da sustentabilidade financeira em projetos de alta complexidade”, afirmou.
Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, destacou a robustez técnica da operação. “O Projeto Integrado Rota 3 garante que o gás do pré-sal possa ser processado em diferentes unidades da Petrobras, conferindo flexibilidade e segurança à malha de abastecimento. A entrada em operação da UPGN é mais uma prova da capacidade técnica da companhia em entregar soluções ao mercado.”
Visão de futuro: um complexo energético multifuncional
A inauguração do segundo módulo da UPGN não é o único vetor de desenvolvimento no Complexo de Energias Boaventura. A Petrobras trabalha em uma série de projetos complementares na região, incluindo a construção de duas usinas termelétricas movidas a gás natural, que serão qualificadas para participação no leilão de energia previsto para o próximo dia 27 de junho de 2025.
Além disso, estão em andamento as contratações para unidades de refino que vão ampliar a capacidade da estatal de produzir combustíveis e lubrificantes de forma integrada à cadeia do gás. Com isso, o Complexo de Boaventura se consolida como uma plataforma industrial completa, voltada à geração de valor, inovação tecnológica e transição energética.
Desde novembro de 2024, a Petrobras já operava comercialmente o primeiro módulo da UPGN. Agora, com a entrada plena em operação, a empresa dá um passo decisivo para garantir ao Brasil uma matriz energética mais segura, diversificada e preparada para o futuro.