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Setor solar brasileiro registra salto de 25% em fusões e aquisições no 1º trimestre de 2025

Geração Centralizada impulsiona movimentações no mercado fotovoltaico, com destaque para aquisições estratégicas e reestruturação de portfólios

O setor fotovoltaico brasileiro iniciou 2025 com forte movimentação no campo das fusões e aquisições (M&A), indicando uma consolidação cada vez mais estratégica das operações no segmento. De acordo com o mais recente Boletim M&A da consultoria Greener, foram registradas 15 transações no primeiro trimestre do ano, representando um crescimento de 25% em comparação ao mesmo período de 2024.

O levantamento, baseado no monitoramento de negociações públicas, evidencia o protagonismo da Geração Centralizada (GC) no atual momento do mercado. Das oito operações que envolveram usinas solares, sete referem-se a empreendimentos de GC — mais que o dobro registrado no primeiro trimestre do ano anterior.

Ao todo, as transações abrangeram 42 usinas fotovoltaicas (incluindo Geração Centralizada e Geração Distribuída), totalizando 1,1 gigawatt-pico (GWp) de potência negociada. O dado reflete um ambiente de negócios aquecido e altamente dinâmico, no qual empresas buscam expandir suas operações ou reposicionar seus ativos diante das novas demandas da transição energética.

Foco em inovação e diversificação

Além do volume expressivo, o boletim destaca uma mudança qualitativa no perfil das operações. Cerca de 43% das transações envolveram empresas de serviços de energia, como automação, monitoramento, infraestrutura, smart grids e soluções baseadas em Internet das Coisas (IoT). Esses movimentos evidenciam que os negócios não se limitam mais à aquisição de ativos de geração, mas também incluem tecnologias e serviços que agregam valor à operação energética como um todo.

“Estamos observando uma tendência clara de reestruturação de portfólios e busca por sinergias tecnológicas”, afirma Nathan da Rosa, consultor de negócios da Greener. Segundo ele, “os investidores estão se posicionando de forma mais estratégica, ampliando suas capacidades não apenas de geração, mas também de gestão e inovação dentro do setor”.

Outro dado relevante é o perfil das empresas compradoras, 58% atuam diretamente na geração e/ou comercialização de energia, o que reforça o processo de verticalização da cadeia fotovoltaica e o interesse crescente por soluções integradas que aumentem a eficiência e reduzam riscos operacionais.

Consolidado como um dos mercados mais promissores

Desde o início do monitoramento da Greener, em 2022, o setor vem acumulando crescimento contínuo em M&A. Apenas nos três primeiros meses de 2025, o volume de operações já representa 44% do total realizado ao longo de todo o ano de 2024, o que indica que o setor pode superar com folga os recordes anteriores.

Esse desempenho está diretamente ligado à maturidade do setor fotovoltaico no Brasil, ao avanço tecnológico dos sistemas solares e ao interesse crescente por fontes renováveis dentro de uma matriz energética mais limpa e resiliente.

A expansão da Geração Distribuída, as novas regulamentações do setor elétrico e o aumento da competitividade dos ativos solares criam um ambiente fértil para a realização de negócios. Além disso, a pressão global por descarbonização e sustentabilidade tem incentivado grandes grupos a diversificarem seus investimentos em fontes renováveis, posicionando o Brasil como um dos mercados mais atrativos para capital estrangeiro e local.

Inteligência de mercado em tempo real

O Boletim M&A da Greener está disponível gratuitamente para download e oferece uma visão ampla e detalhada do comportamento recente do mercado de energia solar no Brasil. Para os interessados em acompanhar o setor de forma contínua, a Greener também disponibiliza o Portal de Transações, plataforma que reúne dados atualizados sobre fusões, aquisições, investimentos e tendências do segmento fotovoltaico.

Com o forte desempenho observado no início de 2025, a expectativa é de que o segundo trimestre mantenha o ritmo acelerado, com novos negócios sendo impulsionados por fatores como inovação, digitalização, eficiência operacional e sustentabilidade. Para investidores e players do setor elétrico, o momento é estratégico para consolidar presença e se preparar para um novo ciclo de crescimento na matriz energética brasileira.

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