Com foco na sustentabilidade, empresa investe em controle de espécies invasoras e reforça segurança de fauna silvestre nas áreas próximas ao Complexo Eólico Cerro Chato, no Rio Grande do Sul
A Eletrobras, por meio da subsidiária CGT Eletrosul, reforça sua atuação em sustentabilidade ambiental com duas frentes de destaque no Sul do Brasil. A primeira é o financiamento de um projeto de controle e monitoramento da espécie invasora de pinus no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, na região da Grande Florianópolis (SC). A segunda está relacionada à proteção da fauna silvestre nas proximidades do Complexo Eólico Cerro Chato, em Sant’Ana do Livramento (RS), onde a empresa vem desenvolvendo ações contínuas há 14 anos, incluindo sinalização, monitoramento e resgate de animais.
Ações como essas fazem parte do compromisso da estatal com o desenvolvimento sustentável, especialmente em regiões onde mantém ativos de geração de energia limpa, como os parques eólicos.
Controle de espécies invasoras em Santa Catarina
O projeto financiado pela Eletrobras no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, maior unidade de conservação de proteção integral em Santa Catarina, busca controlar e monitorar a expansão do pinus, espécie exótica invasora que ameaça os campos naturais da Serra do Cambirela, um dos ecossistemas mais relevantes da região da Grande Florianópolis.
A presença do pinus representa um risco ambiental expressivo, já que a planta altera as características do solo, dificulta o desenvolvimento de espécies nativas e afeta a biodiversidade local. O controle dessas árvores é fundamental para garantir a restauração ecológica da área e a proteção de espécies endêmicas da Mata Atlântica.
Proteção à fauna nas estradas do Cerro Chato
No Rio Grande do Sul, a Eletrobras CGT Eletrosul desenvolve desde 2011 um Programa de Monitoramento de Fauna no entorno do Complexo Eólico Cerro Chato, com foco na segurança de animais silvestres e redução de impactos ambientais associados à operação dos aerogeradores.
Dentre as ações recentes, destaca-se a instalação de cerca de 40 novas placas de trânsito em estradas municipais de Sant’Ana do Livramento, alertando motoristas para a presença de animais e reforçando o controle de velocidade nas vias de acesso ao complexo. A medida visa diminuir atropelamentos e facilitar a convivência entre a operação do empreendimento e a fauna local.
Além da sinalização, o programa contempla resgate e atendimento veterinário de animais feridos, com atenção especial a espécies ameaçadas de extinção, e está alinhado aos critérios de licenciamento ambiental da operação.
“Essas ações são essenciais para garantir a conservação da fauna local e reforçam o papel da Eletrobras como uma empresa comprometida com o desenvolvimento sustentável”, afirma Maycon Bettoni, gerente de Operação do Meio Ambiente da CGT Eletrosul.
Complexo Eólico Cerro Chato: geração limpa e conservação ambiental
Com 69 aerogeradores distribuídos em seis parques eólicos, o Complexo Eólico Cerro Chato soma 138 MW de capacidade instalada, o suficiente para abastecer aproximadamente 780 mil consumidores. A estrutura ocupa mais de 4 mil hectares e é um dos principais projetos de geração eólica da Eletrobras no Sul do país.
O investimento ambiental em torno do complexo é proporcional à sua relevância energética. Além de Cerro Chato I, II e III, o grupo opera os parques Coxilha Seca, Capão do Inglês e Galpões, e mantém ativa a operação de Ibirapuitã I, com 25,2 MW. Ainda em fase inicial de operação, o novo Parque Eólico Coxilha Negra (302,4 MW) ampliará a presença da estatal na geração a partir dos ventos.
Com a conclusão das obras de Coxilha Negra, a Eletrobras alcançará um total de 465,6 MW de energia eólica no município de Sant’Ana do Livramento, volume equivalente ao consumo de 2,4 milhões de habitantes.
Sustentabilidade integrada à estratégia energética
A postura da Eletrobras reflete a crescente pressão para que empresas do setor elétrico alinhem seus investimentos a práticas ambientais responsáveis. A integração de programas de conservação ambiental à operação energética mostra que a transição para fontes limpas precisa ser acompanhada por ações concretas de proteção à biodiversidade e ao território onde esses projetos são instalados.
Enquanto amplia sua geração renovável no Sul do país, a estatal também consolida um modelo de gestão que vê o meio ambiente não como obstáculo, mas como parceiro estratégico na viabilização da segurança energética nacional.