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Líderes globais debatem o futuro climático com inteligência artificial no Brasil

Evento da AYA Earth Partners reunirá gigantes da tecnologia para discutir como a inovação pode impulsionar uma economia regenerativa e de baixo carbono com responsabilidade ambiental

Em um momento em que o mundo busca acelerar soluções para conter a emergência climática, o Brasil se posiciona como protagonista de um debate crucial: como alinhar inovação tecnológica com sustentabilidade ambiental? É com esse propósito que a AYA Earth Partners, principal ecossistema dedicado à economia regenerativa no país, realiza no dia 15 de abril o evento “Tecnologia e Economia Verde: Diálogos para um Futuro Regenerativo”, em São Paulo.

Com a presença de representantes de empresas como Microsoft, Google, Agrotools, AWS, Accenture e Salesforce, o encontro promete uma análise aprofundada dos riscos e das oportunidades relacionadas ao uso de tecnologias emergentes — com destaque para a inteligência artificial (IA) — no combate às mudanças climáticas. O evento marca mais uma etapa da jornada da AYA rumo à COP30, que acontecerá em 2025, em Belém (PA), e reforça o papel do Brasil como articulador estratégico da pauta climática global.

Um ponto de encontro entre inovação, economia e meio ambiente

O objetivo central do evento é refletir sobre como a aplicação consciente de tecnologias pode fortalecer a transição para uma economia de baixo carbono e regenerativa, conceito que vai além da sustentabilidade tradicional ao buscar restaurar e revitalizar os ecossistemas.

A programação é dividida em painéis temáticos, com abertura do CEO da AYA Earth Partners, Edson Higo, e uma fala da presidente do Conselho do Instituto AYA, Patricia Ellen, que abordará as tendências globais no uso de IA.

No primeiro painel, intitulado “Inteligência Artificial na Adaptação, Mitigação e Regeneração Climática”, representantes da Microsoft, Google e Salesforce debaterão como essa tecnologia pode ser uma aliada na modelagem climática, no monitoramento de emissões e na implementação de práticas sustentáveis em larga escala. A mediação será feita pela Accenture, empresa referência em transformação digital.

Em seguida, o painel “Do Desafio à Solução – Cases de Impacto” trará experiências práticas do setor privado, com a participação de executivos da Enel, Agrotools, AWS e Serasa Experian, evidenciando como a inovação já está sendo aplicada em projetos concretos voltados à redução de emissões e à eficiência de recursos.

Oportunidades e dilemas do uso da IA na agenda climática

A crescente dependência da IA para gerar soluções ambientais traz benefícios — mas também levanta questionamentos éticos, ambientais e sociais. De acordo com estimativas recentes, os data centers e o tráfego de dados podem representar até 0,6% das emissões globais de gases de efeito estufa, e a demanda por água para refrigeração pode alcançar 6,6 bilhões de metros cúbicos até 2027.

Além disso, há riscos relacionados ao uso indevido da tecnologia em setores poluentes, como o de combustíveis fósseis, e ao fenômeno do greenwashing tecnológico, em que soluções são promovidas como sustentáveis sem evidências consistentes.

Por isso, o encontro também será um espaço para reforçar a necessidade de transparência, regulação e acesso equitativo aos dados ambientais, especialmente em países em desenvolvimento. A IA pode ser uma aliada poderosa na proteção de florestas, gestão de recursos hídricos, agricultura regenerativa e planejamento urbano sustentável, desde que seja acompanhada de políticas de mitigação de seus impactos negativos.

AYA Earth Partners: inovação com propósito

A AYA Earth Partners tem se destacado como articuladora de encontros multissetoriais que promovem a convergência entre o setor privado, governos, academia e sociedade civil. Com iniciativas como o AYA Hub e o Instituto AYA, o grupo atua para acelerar o surgimento de soluções climáticas com impacto sistêmico e inclusivo.

O evento do dia 15 de abril reforça esse compromisso, ao reunir tomadores de decisão, investidores e especialistas com um objetivo comum: construir um futuro regenerativo, em que o avanço tecnológico esteja a serviço da vida no planeta.

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