Com operação controlada e reforço em protocolos, Eletronuclear assegura estabilidade das usinas e colabora com autoridades locais em ações emergenciais
Em meio às fortes chuvas que atingiram Angra dos Reis (RJ) e causaram alagamentos, deslizamentos e transtornos à população, a Eletronuclear reafirmou a segurança operacional das usinas nucleares de Angra, localizadas na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), na Costa Verde fluminense. As instalações mantêm condições normais de operação, com Angra 2 funcionando em plena carga e Angra 1 temporariamente desligada para recarregamento programado de combustível.
A empresa também destacou que não há qualquer risco estrutural ou operacional decorrente das chuvas, uma vez que as usinas são projetadas para suportar eventos naturais severos, incluindo tempestades intensas, terremotos e até explosões externas. Essa robustez faz parte de um projeto de engenharia altamente criterioso e constantemente revisado à luz dos avanços tecnológicos e das experiências internacionais — como o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão federal responsável por fiscalizar a segurança de instalações nucleares no Brasil, segue monitorando em tempo real as condições da CNAAA e, inclusive, emitiu nota pública reforçando a confiabilidade das usinas mesmo durante o atual período de adversidades climáticas.
Infraestrutura reforçada e protocolos testados
As usinas nucleares de Angra operam com um conjunto de múltiplas barreiras físicas e procedimentos de segurança rigorosos. Essas estruturas foram projetadas com base em análises probabilísticas e geológicas atualizadas, que levam em conta os piores cenários possíveis de desastres naturais e tecnológicos.
Após Fukushima, a Eletronuclear promoveu uma reavaliação completa da base de dados geológica e meteorológica da região de Angra dos Reis, com apoio de especialistas e instituições nacionais e internacionais. Os estudos resultaram na aplicação de metodologias de análise probabilística de segurança de última geração, o que aumentou ainda mais a confiabilidade da operação.
Além das estruturas físicas, o complexo nuclear conta com dois planos de emergência amplamente testados e atualizados:
- O Plano de Emergência Local (PEL), focado na proteção dos trabalhadores da área interna da CNAAA.
- O Plano de Emergência Externo (PEE), coordenado pela Secretaria de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, e que envolve ações integradas com órgãos federais, estaduais e municipais em um raio de segurança fora da planta.
Ambos os planos são testados anualmente com exercícios simulados que envolvem evacuações, treinamentos de comunicação de crise e simulações de resposta rápida. Em anos ímpares, a Eletronuclear realiza o Exercício Geral, com envolvimento da população do entorno. Em anos pares, o Exercício Parcial testa especialmente os sistemas de alerta e mobilização. Somam-se a isso dez treinamentos internos anuais para as equipes de emergência.
Apoio à comunidade e atuação integrada
Em paralelo ao monitoramento e operação segura de suas instalações, a Eletronuclear também colocou seus recursos à disposição da Prefeitura de Angra dos Reis para ajudar nos esforços de enfrentamento aos impactos das chuvas. A empresa forneceu máquinas, equipamentos e suporte técnico para auxiliar os serviços municipais nas ações emergenciais, como desobstrução de vias e retirada de material de áreas de risco.
A atitude reforça o compromisso da estatal com a comunidade local e sua postura ativa em responsabilidade social e colaboração com o poder público.
“A Eletronuclear reafirma que todas as medidas de segurança seguem sendo observadas e atualizadas conforme os protocolos internacionais mais exigentes. A população pode confiar na robustez da CNAAA e na nossa disposição de agir prontamente em qualquer circunstância adversa”, declarou a empresa em nota oficial.
Segurança é prioridade máxima
Mesmo diante de eventos climáticos extremos, a Eletronuclear garante que não há riscos radiológicos, ambientais ou operacionais que afetem a população local. Com uma cultura organizacional voltada à excelência técnica, prevenção e resposta rápida, a estatal reafirma seu compromisso com a segurança da operação e o bem-estar das comunidades do entorno.
A mensagem é clara: a energia nuclear no Brasil é operada com total responsabilidade, monitoramento constante e preparo para enfrentar qualquer cenário — inclusive os mais severos impostos pela natureza.