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BDPROT: ONS Avança na Digitalização da Gestão de Proteções no Sistema Elétrico Brasileiro

Novo sistema, obrigatório a partir de 2025, visa centralizar e padronizar a gestão das proteções sistêmicas do SIN

Em um movimento estratégico rumo à modernização da infraestrutura digital do setor elétrico brasileiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) promoverá, no próximo dia 17 de abril, às 14h30, o segundo webinar oficial de apresentação do novo Sistema de Gestão das Proteções de Caráter Sistêmico – BDPROT. A ferramenta foi criada para centralizar o envio de dados e ajustes de proteções sistêmicas de todos os agentes do Sistema Interligado Nacional (SIN), e sua utilização será obrigatória a partir de 2025.

A apresentação será realizada de forma remota, por meio da plataforma Webex, e é voltada a geradoras, transmissoras, distribuidoras e demais operadores do sistema que precisarão migrar para a nova plataforma nos próximos meses. A mudança não apenas digitaliza e padroniza um processo antes descentralizado, como também está alinhada às metas de segurança, eficiência e rastreabilidade da operação do sistema elétrico brasileiro.

Um novo marco para a gestão de proteções

Com o BDPROT, todos os envios de ajustes relacionados às proteções sistêmicas deverão ser feitos exclusivamente pelo novo sistema. Isso inclui a comunicação de configurações, alterações e validações técnicas, que passam a ser formalizadas dentro de uma interface única, desenvolvida com foco na robustez de dados e na rastreabilidade das informações.

Na prática, essa mudança representa um marco digital para o ONS, oferecendo mais transparência, organização e controle dos dados que impactam diretamente a segurança e a estabilidade da operação do SIN. A expectativa é que, com o uso obrigatório da plataforma, os riscos relacionados à operação descoordenada de proteções sejam drasticamente reduzidos.

Implantação gradual ao longo de 2025

Segundo o ONS, a implantação do BDPROT será feita de forma escalonada ao longo de 2025. Durante esse período, os agentes deverão alimentar o sistema com os dados técnicos das proteções sob sua responsabilidade, garantindo que toda a infraestrutura nacional esteja adequadamente cadastrada e sincronizada com os processos operacionais do ONS.

A transição exigirá engajamento e atenção por parte dos agentes, especialmente na fase inicial de carregamento das informações. O ONS reforça que a não adesão às diretrizes e prazos pode dificultar processos operacionais, como a integração de novas usinas ou linhas de transmissão, além de comprometer o planejamento eletroenergético em situações críticas.

Segurança como prioridade

As proteções de caráter sistêmico são fundamentais para evitar que falhas locais se propaguem de maneira descontrolada, gerando desligamentos em cascata que ameaçam a estabilidade do SIN. Nesse contexto, o BDPROT surge como uma resposta técnica e tecnológica a um dos principais desafios da operação moderna: manter a segurança do sistema diante do aumento da complexidade e da descentralização da matriz energética.

De acordo com o ONS, o novo sistema facilitará a validação cruzada de dados, a verificação de inconsistências e o acompanhamento contínuo das proteções instaladas nas diversas regiões do país.

Capacitação e suporte

Para auxiliar os agentes no processo de adaptação, o ONS já disponibilizou tutoriais em vídeo sobre o BDPROT no canal oficial da instituição no YouTube. Além disso, uma Central de Atendimento especializada foi disponibilizada para tirar dúvidas técnicas ou operacionais relacionadas à utilização da plataforma. O suporte pode ser acessado pelo telefone (21) 3444-9393 ou por atendimento online.

Durante o webinar, os participantes terão acesso ao cronograma de implantação, funcionalidades do sistema, e orientações práticas para garantir uma transição fluida e conforme os novos padrões estabelecidos.

Iniciativa alinhada à modernização do setor

A implantação do BDPROT integra uma série de iniciativas do ONS voltadas à digitalização da operação do setor elétrico, em consonância com os desafios impostos pela expansão das fontes renováveis, o crescimento da geração distribuída e o avanço de tecnologias que exigem respostas cada vez mais rápidas e precisas do sistema.

Ao centralizar o controle das proteções sistêmicas em uma plataforma digital, o ONS reforça seu papel como guardião da segurança operativa do SIN e promove um ambiente mais preparado para lidar com as transformações da matriz energética brasileira.

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