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Luz mais cara: ANEEL aprova reajuste das tarifas de energia em Mato Grosso

Novos valores passam a valer em 8 de abril; entenda os impactos para consumidores residenciais e industriais

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou, nesta terça-feira (1º/4), o reajuste tarifário anual da Energisa Mato Grosso (EMT), distribuidora responsável pelo fornecimento de energia para cerca de 1,69 milhão de unidades consumidoras no estado. Os novos valores entrarão em vigor a partir do dia 8 de abril e trazem impactos distintos para consumidores de baixa e alta tensão.

Os consumidores residenciais terão um aumento quase imperceptível na conta de luz, de apenas 0,23%, enquanto aqueles conectados em baixa tensão, como pequenos comércios e propriedades rurais, enfrentarão um reajuste médio de 0,34%. No entanto, o peso maior recai sobre os consumidores de alta tensão, como indústrias e grandes empresas, que terão um aumento expressivo de 5,42%. No geral, o efeito médio do reajuste será de 1,79%.

Por que as tarifas estão subindo?

De acordo com a ANEEL, os principais fatores que influenciaram o reajuste foram os custos com a distribuição de energia, encargos setoriais e componentes financeiros determinados no último processo tarifário. Esses elementos fazem parte da estrutura de formação das tarifas e, anualmente, são recalculados para garantir o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias e distribuidoras.

Outro ponto relevante é que os consumidores de alta tensão – grupo que abrange grandes indústrias e estabelecimentos comerciais de grande porte – sofrem mais diretamente com os reajustes devido ao impacto das variações dos custos de transmissão e compra de energia no mercado regulado.

Reajuste ou revisão tarifária: qual a diferença?

A cada ano, as tarifas de energia podem passar por um dos dois processos regulatórios: o Reajuste Tarifário Anual (RTA) ou a Revisão Tarifária Periódica (RTP).

O reajuste aprovado para a EMT se enquadra no primeiro caso, que é um processo mais simples e ocorre nos anos em que não há revisão tarifária. Ele atualiza os valores da chamada Parcela B – que inclui custos operacionais e de manutenção da distribuidora – com base na inflação e em outros fatores econômicos previamente definidos no contrato de concessão.

Já a revisão tarifária, que acontece em períodos mais espaçados, é um processo mais complexo, no qual a ANEEL redefine parâmetros como custo eficiente da distribuição, metas de qualidade e perdas de energia.

Impactos e perspectivas para o consumidor

Embora o reajuste para consumidores residenciais tenha sido mínimo, o aumento mais expressivo para a alta tensão pode gerar um efeito indireto na economia. Setores industriais e grandes estabelecimentos comerciais podem repassar parte desses custos para o consumidor final, o que pode impactar o preço de produtos e serviços.

Por outro lado, medidas como o uso eficiente da energia e a adoção de fontes alternativas, como a geração distribuída por meio de painéis solares, podem ajudar a minimizar os impactos desse aumento nas contas de luz.

Com os novos valores entrando em vigor em abril, consumidores devem estar atentos a possíveis variações nos custos e buscar formas de otimizar o consumo energético para evitar surpresas no orçamento.

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