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O que o setor de energia pode aprender com a revolução das telecomunicações 

Por Julia Reina, head de marketing da Ecom Energia

No início dos anos 2000, o Brasil viveu uma das maiores transformações no setor de telecomunicações. Foi um período em que o consumidor precisou se adaptar rapidamente a novas regras, novos serviços e novas possibilidades. O código de seleção de operadora para ligações de longa distância, a popularização dos celulares e a privatização do setor mudaram para sempre a forma como nos comunicamos.

Mas essas mudanças não aconteceram sozinhas. Elas foram impulsionadas por grandes campanhas de marketing que ajudaram a educar o consumidor e a transformar o novo em algo desejável e necessário. Quem não se lembra dos trigêmeos do DDD, que tornaram os códigos de operadora parte do nosso cotidiano? Ou do Supertele, o super-herói da Telefônica, que ensinava sobre os novos serviços com muito humor?

Naquele momento, o mercado de telecomunicações precisou criar mensagens fortes para convencer o consumidor de que essas mudanças eram positivas. Slogans como “O Brasil se abre para o mundo”, “Prontos para o século XXI” e “Mais fácil, mais moderno e mais barato” ajudaram a quebrar barreiras e mostrar que a transformação não era apenas inevitável, mas benéfica.

Hoje, o setor de energia está vivendo uma revolução semelhante.

O mercado livre de energia: uma escolha de futuro

Assim como aconteceu com a telefonia, o setor elétrico brasileiro está passando por uma mudança significativa. A abertura do mercado de energia permite que empresas de todos os portes escolham – desde que consumam energia em alta tensão – seu fornecedor de eletricidade, o que traz mais economia, previsibilidade e liberdade.

Mas, assim como no início dos anos 2000, ainda há um grande trabalho de educação a ser feito. Muitos empresários ainda não conhecem o Mercado Livre de Energia ou têm dúvidas sobre como ele pode beneficiar seus negócios.

Muito além da economia: um novo jeito de pensar energia

O que aprendemos com o setor de telecom é que as grandes mudanças só acontecem quando as pessoas enxergam valor real nelas. A mudança para o Mercado Livre de Energia não é apenas uma questão de economia, mas uma decisão estratégica para qualquer empresa que quer crescer de forma sustentável, planejada e competitiva.

No início dos anos 2000, o Brasil aprendeu a discar códigos antes das ligações e adotou o celular como parte essencial do dia a dia. Hoje, é a vez de empresários de todo o país entenderem que podem – e devem – escolher sua própria energia.

O futuro chegou para o setor elétrico. Mas para aproveitá-lo, é preciso agir agora.

Migrar para o Mercado Livre de Energia não se resume a pagar menos na conta de luz. Trata-se de uma mudança profunda na forma como as empresas gerenciam seus custos e tomam decisões estratégicas.

  • Sustentabilidade: A possibilidade de consumir energia de fontes renováveis ajuda empresas a reduzirem sua pegada de carbono e a atenderem às novas exigências de mercado.
  • Previsibilidade: Diferente do mercado regulado, onde os preços variam constantemente, no Mercado Livre de Energia o empresário sabe exatamente quanto vai gastar nos próximos anos.
  • Liberdade: Além de escolher seu fornecedor de energia, ele pode decidir como utilizar os recursos financeiros economizados, seja para expandir sua empresa, gerar empregos ou investir em inovação.

O futuro é agora. Se no passado aprendemos a discar códigos antes de uma ligação e nos acostumamos com o celular no bolso, agora é a hora de aprendermos que podemos – e devemos – escolher nossa própria energia.

A revolução do setor elétrico já começou. A pergunta é: sua empresa está pronta para fazer parte dela?

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