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Reservatório Billings: 100 anos impulsionando energia e desenvolvimento em São Paulo

Criado para geração de eletricidade, reservatório se tornou peça-chave para abastecimento, mobilidade e sustentabilidade na Região Metropolitana

O Reservatório Billings, um dos mais importantes do Brasil, completa 100 anos em 2025, marcando um século de contribuição essencial para o desenvolvimento de São Paulo e sua Região Metropolitana. Criado inicialmente para a geração de energia elétrica na Usina Henry Borden, em Cubatão, o reservatório expandiu seu papel ao longo das décadas e, hoje, vai muito além de sua função original.

Além de continuar sendo um importante suporte para a produção de eletricidade, o Billings desempenha um papel estratégico no controle de cheias, abastecimento de água, transporte hidroviário e iniciativas de energia renovável, consolidando-se como um ativo ambiental e social de grande relevância.

“A Emae é a única empresa de geração de energia no mundo que administra um reservatório urbano desse porte. Gerir um recurso hídrico com essas características não é apenas um desafio, mas também uma grande oportunidade para impulsionar a sustentabilidade e o desenvolvimento regional”, afirma Karla Maciel, CEO da Emae.

O início: a visão que transformou São Paulo

A história do Reservatório Billings começa na década de 1920, quando a então The São Paulo Tramway, Light and Power Company aprovou o Projeto Serra, idealizado pelo engenheiro Asa White Kenney Billings. A proposta previa a construção de um reservatório para armazenar a água dos rios da região e utilizá-la na geração de energia elétrica na Usina Henry Borden, que aproveita o grande desnível da Serra do Mar para produzir eletricidade.

A construção da represa possibilitou o crescimento econômico e urbano da Grande São Paulo, garantindo energia para impulsionar a indústria e a infraestrutura da cidade. Com uma área de 127 km² e capacidade de armazenamento de 1,2 bilhão de metros cúbicos de água, o reservatório abrange os municípios de São Paulo, São Bernardo do Campo, Diadema, Rio Grande da Serra, Mauá, Santo André e Ribeirão Pires.

A Usina Henry Borden, até hoje uma referência mundial em rendimento energético, tem capacidade instalada de 889 MW e opera com turbinas tipo Pelton, projetadas para gerar eletricidade com quedas d’água de grande altura e baixo volume.

De reservatório energético a recurso estratégico para São Paulo

Com o crescimento urbano e os desafios ambientais, o Reservatório Billings passou a desempenhar funções adicionais que foram fundamentais para a cidade de São Paulo. Um dos principais usos emergentes foi o controle de cheias do Rio Pinheiros, especialmente em períodos de chuvas intensas. O bombeamento das águas do rio para o reservatório garante um “volume de espera” para receber grandes volumes de água, reduzindo o risco de inundações.

Além disso, o reservatório se tornou essencial para o abastecimento de água, reforçando o sistema hídrico da Grande São Paulo, e abriga um dos maiores sistemas de transporte hidroviário do estado, utilizado por balsas que transportam milhares de pessoas diariamente.

Energia renovável e sustentabilidade: um novo capítulo na história do Billings

Em sua trajetória de inovação, o Reservatório Billings também se tornou palco de projetos voltados para energia renovável e sustentabilidade. Um dos marcos mais recentes foi a instalação da maior usina fotovoltaica flutuante do Brasil, que aproveita a lâmina d’água do reservatório para geração de eletricidade limpa e renovável.

Além disso, a Emae tem promovido ações voltadas à recuperação ambiental da região, como reflorestamento e criação de parques urbanos nos arredores do reservatório, garantindo benefícios ambientais e sociais para as comunidades do entorno. Atualmente, mais de 40 parques foram implantados na área, promovendo lazer e conservação ambiental.

Um legado para o futuro

O centenário do Reservatório Billings não marca apenas um século de existência, mas também representa a consolidação de um patrimônio essencial para a Grande São Paulo. O reservatório continua a evoluir, incorporando tecnologias sustentáveis e novas estratégias de gestão hídrica e energética, reforçando seu papel como um dos principais ativos ambientais e econômicos do estado.

Ao longo dos próximos anos, a Emae seguirá investindo na modernização do reservatório, garantindo que ele continue a desempenhar sua função histórica de geração de energia, ao mesmo tempo em que se adapta às novas demandas da sociedade, como sustentabilidade, abastecimento de água e inovação em energia renovável.

Com um passado de realizações e um futuro promissor, o Reservatório Billings reafirma sua importância para o estado de São Paulo e para o setor elétrico nacional, garantindo que a energia, a água e o desenvolvimento sustentável continuem caminhando juntos.

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