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Avanços na Fiscalização Geoespacial da Transmissão de Energia são Destaque em Seminário da ANEEL

Especialistas e representantes de órgãos ambientais discutem a integração de novas tecnologias e os desafios enfrentados pela infraestrutura elétrica

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apresentou novos avanços na fiscalização geoespacializada da transmissão de energia durante o 8º Seminário do Sistema de Gestão Geoespacializada da Transmissão (GGT), realizado na última sexta-feira (21). O evento, promovido na sede da Agência e transmitido de forma híbrida, reuniu especialistas do setor elétrico, representantes de órgãos ambientais e agentes de mercado para debater os impactos da tecnologia na gestão das linhas de transmissão.

Com um sistema que já monitora 104 linhas de transmissão, cobrindo mais de 43 mil quilômetros de rede elétrica, a ANEEL reforçou a importância da digitalização e do monitoramento remoto para garantir a confiabilidade do fornecimento de energia no Brasil. Durante o evento, a diretora Agnes da Costa destacou a evolução do modelo de fiscalização, principalmente no contexto das queimadas, um dos principais riscos à infraestrutura elétrica do país.

“É muito relevante que possamos ter esses momentos de troca para aprimorar esse modelo de fiscalização, que só tende a evoluir. O brasileiro conta com a segurança do sistema de transmissão, e devemos reconhecimento a todos que contribuem para a estabilidade dessa atividade essencial ao setor elétrico e à população”, ressaltou Agnes.

Tecnologia geoespacial e desafios climáticos

O Sistema GGT vem transformando a fiscalização das linhas de transmissão ao utilizar sensoriamento remoto, imagens de satélite e inteligência artificial para identificar riscos e antecipar medidas preventivas. Esse avanço tem possibilitado uma atuação mais eficiente, reduzindo a necessidade de inspeções presenciais e otimizando a manutenção preventiva das redes elétricas.

O seminário também abordou desafios climáticos e o impacto das queimadas, que afetam diretamente a segurança das linhas de transmissão. Com a intensificação dos períodos de seca em diversas regiões do Brasil, o monitoramento remoto torna-se fundamental para evitar desligamentos e falhas no fornecimento de energia.

A ANEEL prevê que, até o final do ano, o monitoramento geoespacial aumente em mais de 30%, ampliando a cobertura do sistema e garantindo uma gestão ainda mais eficiente da infraestrutura elétrica.

Colaboração entre setor elétrico e órgãos ambientais

A parceria entre diferentes instituições foi um dos pontos centrais das discussões. Além da ANEEL, o evento contou com a participação de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e da REN – Redes Energéticas Nacionais de Portugal, além de concessionárias, instituições de pesquisa e especialistas do setor elétrico.

Essa colaboração reforça a necessidade de um trabalho conjunto para aprimorar a gestão da vegetação em faixas de servidão e desenvolver soluções inovadoras que garantam maior segurança operacional e resiliência do sistema elétrico diante de eventos climáticos extremos.

Fiscalização responsiva e um futuro mais seguro para a energia no Brasil

A adoção da fiscalização geoespacializada já está promovendo impactos positivos no setor elétrico brasileiro. Além de otimizar a gestão e manutenção das linhas de transmissão, o sistema atua como um indutor de boas práticas operacionais, incentivando concessionárias a adotarem tecnologias mais modernas para garantir um fornecimento mais confiável.

O seminário deixou claro que, para enfrentar os desafios do futuro, é fundamental continuar investindo em inovação, tecnologia e integração de dados. Com a ampliação do monitoramento remoto e a colaboração entre diferentes agentes do setor, a ANEEL dá um passo essencial para tornar o sistema elétrico brasileiro ainda mais seguro e eficiente.

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