Novo presidente promete foco na conclusão de obras do setor energético e na proteção da siderurgia brasileira frente à concorrência externa.
O deputado federal Diego Andrade (PSD-MG) foi eleito, nesta quarta-feira (19), presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Sem votos contrários ou abstenções, o parlamentar recebeu 26 votos e assumiu a liderança do colegiado, substituindo Júnior Ferrari (PSD-PA).
Com um mandato voltado à modernização da infraestrutura energética do Brasil e ao fortalecimento da indústria nacional, Andrade afirmou que sua prioridade será garantir a conclusão de obras essenciais para o setor elétrico e mineral. Além disso, destacou a necessidade de defender a siderurgia brasileira diante da crescente concorrência da China, que tem pressionado a competitividade das empresas nacionais.
“Precisamos começar as coisas e terminar. O Brasil não pode mais conviver com obras paradas, especialmente em setores tão estratégicos como o de energia e mineração”, declarou o novo presidente da comissão.
Os desafios da nova gestão
A Comissão de Minas e Energia é um dos principais fóruns de debate sobre políticas energéticas e minerais no Brasil. Composta por 48 deputados titulares e o mesmo número de suplentes, a comissão tem o papel de discutir projetos de lei e acompanhar questões regulatórias que afetam diretamente o setor elétrico, a exploração mineral e o desenvolvimento da matriz energética do país.
A chegada de Diego Andrade ao comando da comissão ocorre em um momento desafiador para o setor. De um lado, há a necessidade urgente de impulsionar a transição energética, garantindo investimentos em fontes renováveis e modernizando a infraestrutura de transmissão e distribuição de energia. De outro, a indústria nacional, especialmente a siderúrgica, enfrenta dificuldades para competir com produtos importados, especialmente da China, que chegam ao mercado brasileiro a preços mais baixos.
Andrade enfatizou a importância de políticas que protejam a produção nacional e garantam um ambiente competitivo justo para as indústrias brasileiras. “Nosso país tem potencial para ser um líder global em energia e mineração, mas precisamos de um ambiente regulatório estável e de medidas que protejam nossas indústrias estratégicas”, afirmou.
Quem é Diego Andrade?
Mineiro, nascido em 1977, Diego Andrade está no quarto mandato como deputado federal. Formado em Administração de Empresas, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele tem experiência consolidada no Congresso Nacional, já tendo ocupado a liderança do seu partido e a liderança da Maioria na Câmara dos Deputados.
Ao longo de sua trajetória política, Andrade tem se destacado pela articulação em pautas voltadas à infraestrutura e ao desenvolvimento econômico. Sua chegada à presidência da Comissão de Minas e Energia reforça o protagonismo do PSD nas discussões sobre a matriz energética e mineral do país.
Com um discurso alinhado à necessidade de eficiência na gestão pública e fortalecimento da economia nacional, o deputado assume um dos postos mais estratégicos do Legislativo, que terá impacto direto na definição dos rumos do setor energético nos próximos anos.
Impacto para o setor energético e mineral
A liderança de Diego Andrade na Comissão de Minas e Energia pode influenciar diretamente as decisões sobre investimentos no setor elétrico, na mineração e na indústria siderúrgica. Projetos de infraestrutura, modernização de redes de transmissão e incentivos à transição energética estão entre os temas que deverão ganhar destaque na agenda do colegiado.
O setor elétrico brasileiro vive um momento de transformação, com a ampliação de fontes renováveis e a busca por maior eficiência na geração e distribuição de energia. Ao mesmo tempo, a mineração segue como um dos pilares da economia nacional, enfrentando desafios como regulamentação ambiental, segurança jurídica e pressão por sustentabilidade.
A expectativa agora é sobre quais medidas concretas serão adotadas pelo novo presidente da comissão para destravar projetos essenciais e garantir um ambiente mais competitivo para a indústria nacional.