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Porto do Açu avança na transição energética com nova fábrica de amônia verde

Parceria com Sempen prevê produção de 1 milhão de toneladas por ano e consolida o complexo como hub estratégico de baixo carbono

O Porto do Açu, localizado no norte do estado do Rio de Janeiro, deu um passo decisivo para se consolidar como um dos principais hubs de energia sustentável do Brasil. A assinatura de um contrato de reserva de área com a Sempen, empresa especializada em combustíveis renováveis, marca o início de um projeto ambicioso: a construção de uma fábrica de amônia verde, com capacidade para produzir 1 milhão de toneladas por ano.

O empreendimento será instalado no hub de hidrogênio de baixo carbono e derivados do Porto do Açu, um dos mais promissores do país. A expectativa é que a decisão final de investimento (FID) ocorra entre 2027 e 2028, com o início da produção das primeiras moléculas de amônia verde previsto para 2030.

O Porto do Açu tem se consolidado como um ator central na transição energética, atraindo investimentos e parcerias estratégicas voltadas para o desenvolvimento de soluções sustentáveis. Segundo Mauro Andrade, Diretor Executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo Logística, empresa responsável pelo desenvolvimento do complexo portuário, o novo projeto reforça a posição do Açu como líder nacional na produção de hidrogênio e amônia verde.

“O Porto do Açu avança no tema da transição energética ao desenvolver sua plataforma integrada para a economia de baixo carbono. A chegada da Sempen nos coloca como líder em projetos para a produção de hidrogênio e amônia verde no país”, destaca Andrade.

Estrutura e diferenciais do Porto do Açu

A escolha da Sempen pelo Porto do Açu para sediar sua nova fábrica de amônia verde não é por acaso. O complexo porto-indústria se destaca por suas vantagens estratégicas, incluindo um calado profundo, áreas disponíveis com acesso direto ao cais e um cluster logístico robusto, que reúne múltiplos fornecedores de suporte portuário e marítimo.

Além disso, o Porto do Açu se tornou pioneiro ao obter a licença para a instalação de um hub de hidrogênio e derivados de baixo carbono de 1 milhão de metros quadrados. Agora, está em processo de licenciamento de mais 2 milhões de metros quadrados, ampliando sua capacidade e atraindo novos projetos de energia sustentável.

“O Porto do Açu é o primeiro no país a licenciar um hub de hidrogênio e derivados de baixo carbono de 1 milhão de m². Agora, estamos licenciando uma nova área de 2 milhões de m² para ampliar nossas operações. A Sempen será alocada a esse novo espaço, e sua parceria conosco é mais um passo para estabelecer o Açu como um hub global de soluções energéticas sustentáveis”, afirma Eugenio Figueiredo, CEO do Porto do Açu.

Impacto da amônia verde na transição energética

A amônia verde tem ganhado destaque como uma das soluções mais promissoras para a descarbonização da matriz energética global. Produzida a partir de hidrogênio verde — obtido por eletrólise da água com energia renovável —, a amônia pode ser utilizada como combustível para o transporte marítimo, geração de energia e como insumo para a produção de fertilizantes sustentáveis.

O CEO da Sempen, Juan Pablo Freijo, destacou a importância da parceria com o Porto do Açu para impulsionar a produção de combustíveis sustentáveis no Brasil.

“A parceria com o Porto do Açu representa um marco importante na nossa jornada para impulsionar a produção de amônia verde e combustíveis sustentáveis no Brasil. Estamos entusiasmados com o potencial de contribuir para a transição energética global e de fazer parte de um hub estratégico de baixo carbono que apoiará o desenvolvimento sustentável da indústria de energia renovável e hidrogênio verde no país”, afirma Freijo.

O acordo entre Porto do Açu e Sempen reforça a crescente relevância do Brasil no cenário internacional da transição energética, posicionando o país como um futuro exportador de combustíveis renováveis. Com uma infraestrutura robusta, incentivos à sustentabilidade e um ambiente favorável para novos investimentos, o complexo portuário se firma como uma peça-chave no desenvolvimento de um setor energético mais limpo e eficiente.

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