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Afluência de energia no Brasil supera 80% da média histórica em todas as regiões

ONS aponta aumento no volume de precipitação e alta na demanda energética para fevereiro de 2025

O boletim mais recente do Programa Mensal de Operação (PMO), divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), indica projeções otimistas para a semana operativa entre 15 e 21 de fevereiro de 2025. A Energia Natural Afluente (ENA), que mede o volume de água que chega aos reservatórios das usinas hidrelétricas, deve superar 80% da Média de Longo Termo (MLT) em todas as regiões do país.

O destaque fica por conta da região Norte, que deve registrar 111% da MLT, seguida pelo Nordeste, com 90%. O Sudeste/Centro-Oeste e o Sul devem atingir, respectivamente, 84% e 81% da média histórica. O volume de precipitação, de acordo com o ONS, está compatível com o período úmido, favorecendo os reservatórios e aumentando a segurança energética.

Níveis elevados de armazenamento

As projeções para os níveis de Energia Armazenada (EAR) ao final de fevereiro também são promissoras. O subsistema Norte deve atingir 96%, enquanto o Nordeste alcançará 81%. O Sudeste/Centro-Oeste, que concentra grande parte da capacidade de geração do país, deve atingir 70,5%. Já o Sul, que historicamente enfrenta mais desafios hídricos, deve fechar o mês com 50,4% de armazenamento.

Esses números reforçam a recuperação dos reservatórios em comparação aos períodos críticos de seca enfrentados em anos anteriores. O aumento no volume de água armazenada reflete tanto as chuvas abundantes quanto o manejo eficiente dos recursos hídricos adotado pelo ONS e pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Crescimento da demanda de carga

A demanda por energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) também está em alta. O ONS projeta uma expansão de 5,8% na carga para fevereiro de 2025, totalizando 88.113 MW médios. A região Sul lidera com um crescimento de 8,6% (16.909 MW médios), seguida pelo Sudeste/Centro-Oeste, com alta de 6,4% (50.050 MW médios). No Norte e Nordeste, os avanços estimados são de 4% e 1,5%, respectivamente.

Marcio Rea, diretor-geral do ONS, destacou a resiliência do sistema diante da crescente demanda. “Na última semana, verificamos a quebra de recorde na demanda máxima instantânea de carga em dois dias consecutivos. As temperaturas mais elevadas têm uma grande influência nesses números. Vale ressaltar que o SIN está preparado e respondendo de forma adequada ao crescente consumo de energia da sociedade”, afirmou.

Custo Marginal de Operação e estabilidade tarifária

Outro fator positivo é o Custo Marginal de Operação (CMO), que se mantém zerado nos subsistemas Norte e Nordeste. Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, o CMO foi fixado em R$ 124,80, indicando estabilidade no custo da geração de energia.

Esse cenário sugere que não haverá necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que possuem custos operacionais mais altos e impactam diretamente o preço final da energia. Com isso, a expectativa é de manutenção das bandeiras tarifárias mais favoráveis ao consumidor.

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