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Reservatórios cheios e abastecimento garantido: ONS projeta cenário positivo para o sistema elétrico em 2025

Altas afluências no período úmido impulsionam níveis dos reservatórios e asseguram atendimento energético nos próximos meses

O setor elétrico brasileiro começa 2025 com uma perspectiva otimista. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) seguem em trajetória de recuperação, garantindo um atendimento energético seguro para a população nos próximos meses. As projeções foram apresentadas na segunda reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de 2025, realizada nesta quarta-feira (5/2), e reforçam a estabilidade no fornecimento de eletricidade.

O principal fator que impulsionou esse cenário positivo foi a ocorrência de boas afluências no período úmido, que contribuíram para um aumento significativo nos estoques de água das hidrelétricas. Em janeiro de 2025, o SIN registrou um nível médio de armazenamento de 64%, um crescimento de 3 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024, quando o índice estava em 61%.

O destaque ficou por conta das regiões Norte e Nordeste, que registraram 80% e 70% de energia armazenada, respectivamente. Já os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul também demonstraram recuperação, com níveis de 62% e 61%, garantindo maior segurança para a matriz energética brasileira.

Capacidade de atendimento está garantida para 2025

Mesmo com as altas temperaturas registradas em janeiro – fator que elevou a demanda de energia –, o SIN conseguiu atender plenamente a carga elétrica sem comprometer a recuperação dos reservatórios. De acordo com o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, essa estabilidade demonstra o preparo do sistema para atender as necessidades do país ao longo do ano.

“Iniciamos 2025 com um cenário bastante positivo em relação ao avanço dos níveis de armazenamento dos reservatórios. Em janeiro, tivemos uma demanda elevada de energia por conta das altas temperaturas, a carga foi atendida e, ainda assim, mantivemos nossa estratégia de recuperação dos estoques de água das hidrelétricas. O SIN está preparado para atender a demanda nos próximos meses”, destacou Rea.

As projeções do ONS indicam que, de fevereiro a julho de 2025, as condições de afluências no SIN devem variar entre 70% e 98% da Média de Longo Termo (MLT). Isso significa que, mesmo nos cenários menos favoráveis, os níveis de armazenamento devem se manter em patamares seguros.

No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, por exemplo, a Energia Armazenada (EAR) pode ficar 1,5 pontos percentuais abaixo do nível aferido em julho de 2024, caso a afluência seja mais fraca. No entanto, no cenário mais otimista, esse mesmo indicador pode ficar 26,5 pontos percentuais acima do registrado no ano passado.

Já no SIN como um todo, a EAR pode variar entre 1,3 p.p. abaixo e 23,5 p.p. acima do nível de julho de 2024, reforçando a resiliência do sistema.

Segurança hídrica e energética: um novo momento para o Brasil

A melhora nos níveis dos reservatórios é um reflexo direto de uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos e de um planejamento estratégico que visa equilibrar a geração de energia com a preservação dos estoques de água. Nos últimos anos, o Brasil enfrentou crises hídricas que impactaram o setor elétrico, mas o avanço nas políticas de gerenciamento hídrico e a diversificação da matriz energética vêm trazendo mais segurança ao abastecimento.

Além das hidrelétricas, o crescimento das fontes renováveis como solar e eólica também tem reduzido a dependência dos reservatórios, proporcionando maior flexibilidade ao sistema. Essa diversificação permite que, mesmo em períodos de menor volume de chuvas, o fornecimento de energia se mantenha estável, garantindo maior previsibilidade para o setor e para os consumidores.

Com um primeiro trimestre promissor e um planejamento sólido para os próximos meses, o Brasil entra em 2025 com um cenário energético mais seguro, com maior confiabilidade no abastecimento e redução dos riscos de racionamento. A expectativa agora é manter esse ritmo de recuperação e fortalecer ainda mais a segurança hídrica e elétrica do país.

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