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Setor de Energias Renováveis no RN Gera 13 Mil Empregos e Atraí R$ 10 Bilhões em Investimentos

Com protagonismo em energias eólica e solar, Rio Grande do Norte reforça sua posição como líder em renováveis, gerando empregos, bilhões em investimentos e energia limpa

O Rio Grande do Norte deu mais um grande passo rumo à liderança nacional em sustentabilidade. Em 2024, a instalação de usinas para geração de energia eólica e solar no estado criou 13.571 empregos diretos e indiretos, segundo o “Balanço do Setor Elétrico do RN – Ano Base 2024”, divulgado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC-RN).

O setor eólico foi o principal responsável pela geração de vagas, com 10.462 empregos, enquanto a energia solar criou 3.109 postos de trabalho. Esse crescimento acompanha investimentos robustos: só em 2024, o estado atraiu R$ 10,1 bilhões em novos projetos — R$ 7,8 bilhões para energia eólica e R$ 2,3 bilhões para solar fotovoltaica.

Energia renovável como motor da economia

O levantamento destaca que, em 2024, 45 novas usinas foram instaladas no estado, sendo 27 de geração eólica e 18 solares, espalhadas por 11 municípios potiguares. Essas usinas adicionaram cerca de 1,65 GW à matriz elétrica do estado, que continua sendo quase inteiramente renovável. Fontes como energia eólica, solar, biomassa e hídrica são responsáveis por 98,9% da potência outorgada e 97,8% da potência em operação no estado.

“O balanço do setor elétrico do RN apresenta dados que consolidam o estado como protagonista no setor de energias renováveis, com uma matriz elétrica quase 100% limpa e sustentável. Esse modelo fomenta o desenvolvimento econômico e social, ao mesmo tempo em que contribui para a transição energética global”, destaca a publicação.

A energia eólica segue como a principal fonte do estado, representando 77,9% dos empreendimentos em operação. Já as usinas solares, embora ainda menos numerosas, têm crescido rapidamente, correspondendo a 12,6% dos empreendimentos em operação. Além disso, os projetos solares lideram o número de usinas já comercializadas, mas ainda não construídas: são 198 empreendimentos aguardando início de obras, o que equivale a 77,6% do total.

Perspectivas para o futuro

O balanço também apresenta projeções que apontam para um crescimento ainda mais acelerado nos próximos anos. Até 2030, a previsão é de que o Rio Grande do Norte atraia R$ 55,3 bilhões em investimentos no setor de energias renováveis, sendo R$ 21,3 bilhões para novos projetos eólicos e impressionantes R$ 34 bilhões para energia solar fotovoltaica.

Com recursos naturais abundantes e condições climáticas favoráveis, como ventos constantes e alta incidência solar, o estado tem atraído a atenção de investidores nacionais e internacionais interessados em projetos de energia limpa.

Além disso, a expansão das energias renováveis no RN também tem impactos positivos na cadeia produtiva, gerando empregos em diversas etapas, desde a construção e operação das usinas até serviços de manutenção e fornecimento de equipamentos.

Sustentabilidade como diferencial competitivo

Outro ponto destacado no relatório é o papel do Rio Grande do Norte na transição energética do Brasil. Em um momento em que a pauta ambiental ganha protagonismo global, o estado se posiciona como um modelo a ser seguido. A geração de energia limpa não apenas contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mas também reforça a capacidade do Brasil de atender às metas internacionais de combate às mudanças climáticas.

“O avanço do setor elétrico no Rio Grande do Norte é resultado de uma combinação de planejamento estratégico, potencial natural e um forte compromisso com a sustentabilidade. Estamos mostrando que é possível crescer economicamente e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente”, afirma a coordenadoria de energias da SEDEC-RN.

Com quase 99% de sua matriz elétrica baseada em fontes renováveis, o RN se consolida como o maior gerador de energia eólica do Brasil e desponta como um dos estados com maior potencial para crescimento da energia solar. A instalação de novas usinas e os projetos previstos para os próximos anos reforçam o papel do estado como referência na transição energética, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

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