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MME Abre Inscrições para Representantes da Sociedade Civil no Fórum Nacional de Transição Energética

MME Abre Inscrições para Representantes da Sociedade Civil no Fórum Nacional de Transição Energética

Processo seletivo busca ampliar participação democrática no debate sobre o futuro energético do Brasil

O Ministério de Minas e Energia (MME) deu início ao processo de seleção de representantes da sociedade civil para integrar o Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte). O edital, publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (15/01), detalha o processo para o biênio 2025/2026, com o objetivo de fortalecer a pluralidade de vozes na formulação de políticas de transição energética no Brasil.

Criado como parte da Política Nacional de Transição Energética (PNTE), o Fonte é um fórum permanente e de caráter consultivo. Sua missão é democratizar o debate sobre a transição energética, reunindo representantes do governo, da sociedade civil e do setor produtivo em um diálogo inclusivo e estratégico.

Composição e Inovação no Processo de Escolha

O plenário do Fórum será composto por 87 membros, garantindo uma representação equitativa entre governo, sociedade civil e setor produtivo. O edital do processo seletivo estabelece critérios inovadores com o objetivo de promover a diversidade. Um desses critérios é a paridade de gênero, que exige que pelo menos 50% dos representantes sejam mulheres. Além disso, há uma preocupação com a representatividade racial e étnica, estipulando que no mínimo 30% dos membros sejam autodeclarados negros, indígenas ou quilombolas. A diversidade regional também é um ponto importante, e as indicações deverão considerar as cinco regiões brasileiras, com a intenção de minimizar as desigualdades existentes.

“Este tripé estrutural assegura o equilíbrio entre os segmentos e incentiva um diálogo inclusivo. O Fórum busca refletir a diversidade e as necessidades de todo o país, ao mesmo tempo em que promove debates técnicos e estratégicos para a transição energética”, afirma Thiago Barral, secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME.

Processo Seletivo

O processo seletivo será realizado por meio de uma eleição pública, com marcos importantes ao longo do seu desenvolvimento. O período de inscrição ocorrerá de 27 de janeiro a 16 de fevereiro de 2025. O resultado da habilitação será divulgado no dia 26 de março de 2025, e a eleição, que será realizada por videoconferência, está prevista para 15 de abril de 2025.

Os interessados deverão acessar o site do Ministério de Minas e Energia (MME) a partir de 27 de janeiro para preencher o formulário de inscrição e enviar a documentação necessária. As 29 vagas destinadas à sociedade civil serão distribuídas entre instituições que atuam em áreas específicas, como petróleo e gás, biocombustíveis e transporte, energia elétrica e fontes relacionadas à transição energética. Além disso, também serão contemplados temas transversais, como mudanças climáticas, barragens e povos tradicionais, assim como representações de mulheres e consumidores.

Webinar para Esclarecimentos

Para ajudar as instituições interessadas, o MME realizará um webinar no dia 30 de janeiro, apresentando detalhes do processo seletivo e a importância do Fonte na construção de uma matriz energética sustentável. O link para participação será divulgado no site do Fonte.

“O Fórum Nacional de Transição Energética é uma oportunidade única de integrar diferentes perspectivas e experiências no planejamento do futuro energético do Brasil. Com este edital, damos um passo decisivo para garantir que a transição energética seja ampla, inclusiva e democrática”, enfatizou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Impacto na Transição Energética Brasileira

O Fonte desempenha um papel central na estratégia brasileira de transição energética, ampliando o diálogo sobre temas cruciais, como o crescimento de fontes renováveis, a redução de emissões de gases de efeito estufa e a integração de comunidades historicamente sub-representadas.

Com a inclusão da sociedade civil, o fórum espera alinhar a transição energética com as demandas sociais e regionais, fortalecendo o compromisso do Brasil com um futuro energético mais justo e sustentável.

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