Programa leva energia elétrica a regiões remotas e promove inclusão social, impactando quilombolas, populações da Amazônia Legal e zonas rurais de todo o Brasil
O programa Luz para Todos, criado em 2003, atingiu um marco histórico em seus 21 anos de existência: mais de 17,5 milhões de pessoas tiveram acesso à energia elétrica, um serviço essencial que transformou a vida de famílias em todo o Brasil. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o programa beneficiou cerca de 3,7 milhões de famílias desde sua criação, incluindo 115 mil novas famílias apenas entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024.
Entre essas famílias, 43,6 mil residem em áreas isoladas da Amazônia Legal, onde a energia elétrica trouxe esperança, dignidade e desenvolvimento. Um exemplo é o professor Marcley Santos, de 39 anos, que vive na vila Mainard, na zona rural de Breves, no Pará. Com a chegada da energia solar por meio do programa, sua família agora utiliza ventiladores e uma geladeira, o que transformou o dia a dia da casa. “O próximo passo é comprar nossa primeira televisão”, conta o professor, que vê o futuro com otimismo.
Um marco na história do Brasil
Desde seu início, o Luz para Todos foi responsável por um investimento de cerca de R$ 26 bilhões, com recursos provenientes da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e outras fontes. Desse total, aproximadamente R$ 1,9 bilhão foram direcionados para regiões remotas da Amazônia Legal, beneficiando mais de 53 mil famílias que antes viviam na escuridão.
O impacto vai além da iluminação: as comunidades beneficiadas passaram a ter acesso a ferramentas que impulsionaram a economia local, como refrigeração para armazenamento de alimentos, energia para atividades produtivas e melhor qualidade de vida para os moradores.
“Estamos levando muito mais do que luz. Levamos esperança, oportunidade e dignidade para as famílias brasileiras”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo ele, em 2025, o programa planeja atender mais 98 mil famílias, ampliando ainda mais o alcance do projeto e consolidando o compromisso do governo em erradicar a pobreza energética.
Inclusão social em regiões isoladas
O programa tem alcançado comunidades quilombolas e ribeirinhas, que antes estavam fora do alcance da infraestrutura elétrica tradicional. Desde janeiro de 2023, 3.043 unidades consumidoras localizadas em territórios quilombolas foram atendidas, beneficiando 12,1 mil pessoas.
Dona Vanda Rodrigues, líder comunitária da Ilha do Cajual, em Alcântara (MA), é uma das beneficiadas. Em setembro de 2023, sua comunidade recebeu energia solar por meio do Luz para Todos. A chegada da eletricidade permitiu a expansão da produção de óleos naturais de Babaçu, coordenada pela associação que ela preside, gerando novas oportunidades de renda e valorizando a cultura local. “Agora podemos armazenar alimentos e ter uma vida mais confortável”, comemora dona Vanda.
Perspectivas para o futuro
Com o compromisso de eliminar a pobreza energética, o governo federal pretende atender mais de 327 mil famílias que ainda vivem sem acesso à energia elétrica nos próximos anos. Essa expansão faz parte de uma estratégia que alia inclusão social ao desenvolvimento sustentável.
De acordo com o MME, o programa desempenha um papel fundamental na preservação do meio ambiente ao promover o uso de energia solar em regiões remotas, como a Amazônia Legal. Além de reduzir o impacto ambiental, a iniciativa contribui para a geração de renda e o fortalecimento das economias locais.
Para o ministro Alexandre Silveira, o Luz para Todos é mais do que um programa de universalização de energia. “Ele representa um marco na história do Brasil, garantindo que todos os brasileiros tenham acesso a esse serviço essencial. É uma vitória para a inclusão social e para o desenvolvimento do país.”
Com histórias de transformação como as de Marcley Santos e dona Vanda Rodrigues, o Luz para Todos reafirma sua relevância como um dos maiores programas de inclusão social do Brasil, levando luz, dignidade e oportunidades para milhões de brasileiros que, por décadas, viveram à margem da modernidade.
