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Acre se conecta ao SIN: Nova linha de transmissão elimina uso de diesel e reduz R$ 240 milhões nos custos de energia

A integração de Cruzeiro do Sul ao Sistema Interligado Nacional traz economia aos consumidores e reforça compromisso com sustentabilidade na Amazônia

Nesta segunda-feira (16/12), entrou em operação a Linha de Transmissão (LT) que conecta Rio Branco aos municípios de Feijó e Cruzeiro do Sul, no Acre. A iniciativa, que faz parte do programa Energias da Amazônia, criado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), representa um marco na infraestrutura energética da região ao eliminar a dependência de geradores a diesel e possibilitar uma economia de R$ 240 milhões por ano aos consumidores brasileiros.

Com a inauguração dessa linha, a cidade de Cruzeiro do Sul, um dos maiores centros urbanos do interior do Acre, foi finalmente conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O município, que até então dependia da geração de energia a partir de óleo diesel, passa a contar com uma solução mais segura, eficiente e sustentável.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou a entrega da obra e destacou a importância econômica da integração. “Este é um exemplo claro de como o trabalho integrado e o alinhamento de objetivos podem trazer resultados positivos para a população. A liberação desta linha de transmissão é uma vitória para o Acre e para todas as brasileiras e brasileiros, que passam a ter um custo a menos com a medida,” afirmou o ministro.

Fim de um ciclo de dependência e custos elevados

Localizada no interior do Acre, Cruzeiro do Sul é a segunda maior cidade do estado, com cerca de 90 mil habitantes. A região enfrentava, há décadas, grandes dificuldades no fornecimento energético devido à ausência de conexão com o sistema nacional. Para atender à demanda local, eram consumidos 6 milhões de litros de óleo diesel por ano em centrais geradoras, um modelo caro e altamente poluente.

Os custos dessa operação, que chegavam a R$ 240 milhões anuais, eram repassados a todos os consumidores brasileiros por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Além das questões financeiras, o uso intensivo de combustíveis fósseis gerava impactos ambientais significativos, como emissões de gases poluentes que prejudicam o equilíbrio ambiental na Amazônia.

Com a entrada em operação da linha de transmissão, o cenário muda drasticamente. Cruzeiro do Sul agora está integrada ao Sistema Interligado Nacional, o que permite o fornecimento de energia mais barata, limpa e confiável, garantindo não apenas economia, mas também maior segurança energética para os moradores da região.

Desenvolvimento com responsabilidade ambiental

A construção da linha de transmissão, que atravessa áreas de preservação e terras indígenas, foi conduzida com rígidos critérios ambientais. Todas as etapas foram autorizadas pelos órgãos competentes, como o Ibama e a Funai, garantindo que o projeto respeitasse os ecossistemas e as comunidades locais. O traçado foi cuidadosamente planejado para reduzir o impacto ambiental e otimizar a infraestrutura, reforçando o compromisso do governo com a sustentabilidade.

Essa conquista representa muito mais do que a modernização energética: ela simboliza a união entre desenvolvimento econômico, responsabilidade ambiental e melhoria da qualidade de vida. A concretização da linha de transmissão demonstra que é possível avançar em infraestrutura na Amazônia sem abrir mão da preservação e do respeito às comunidades locais.

A chegada de energia limpa e acessível para Cruzeiro do Sul também abre portas para novos investimentos e crescimento econômico na região, além de contribuir para os esforços do Brasil em reduzir suas emissões de carbono e fortalecer a matriz energética sustentável.

Ao conectar o Acre ao sistema elétrico nacional, o programa Energias da Amazônia promove não apenas uma solução energética, mas um novo ciclo de desenvolvimento para a região, consolidando um futuro mais sustentável, econômico e eficiente.

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