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Itaipu Antecipou Modernização do Sistema HVDC para Reforçar a Transmissão de Energia no Brasil

A entrega antecipada do Conversor 4 marca o avanço de um projeto de longo prazo com impacto nacional

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, em parceria com a Eletrobras, alcançou na última sexta-feira (13) um marco importante na revitalização de seu sistema de transmissão de alta tensão em corrente contínua (HVDC), localizado em Foz do Iguaçu (PR). O Conversor 4 do Bipolo 1, que estava fora de operação desde 2023, foi entregue antes do prazo previsto para janeiro de 2025, marcando a primeira grande entrega do projeto de modernização, orçado em R$ 2 bilhões.

Operando há quatro décadas, o sistema HVDC é uma das peças centrais na infraestrutura energética do Brasil, sendo responsável por transmitir a energia excedente gerada pela usina — que não é consumida pelo Paraguai — para os principais centros consumidores do país. Desde 1984, quando Itaipu começou a gerar energia, o HVDC já transportou 1,3 bilhão de megawatts-hora (MWh), o equivalente a 43% de toda a energia produzida pela hidrelétrica.

Essa reforma não pretende ampliar a capacidade de transmissão, mas sim aumentar a confiabilidade do sistema e implantar novos recursos operacionais. Segundo a equipe técnica do projeto, o avanço na execução demonstra o comprometimento das empresas envolvidas em modernizar a infraestrutura sem comprometer a segurança energética e os consumidores brasileiros.

Modernização que conecta gerações

A revitalização do sistema HVDC é a maior intervenção já realizada desde o início de suas operações. O projeto inclui a substituição completa dos principais componentes do Bipolo 1, localizado em Foz do Iguaçu e Ibiúna (SP), e a modernização dos sistemas de supervisão, proteção e controle dos Bipolos 1 e 2. Essas atualizações são essenciais para que o sistema continue a conectar Itaipu a polos estratégicos como São Paulo, através da estação de Ibiúna, que integra as regiões Sul e Sudeste ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A previsão é que as obras sejam concluídas em 2026, com um período de operação assistida entre 2027 e 2029, o que permitirá ajustes técnicos e garantia da eficiência operacional do sistema reformado.

Investimento e impacto para consumidores

O projeto é financiado integralmente pela Itaipu, em convênio com a Eletrobras, e representa um investimento estratégico de R$ 2 bilhões. Esses recursos são aplicados com o objetivo de evitar que o custo da modernização seja repassado aos consumidores na tarifa de transmissão de energia elétrica. Essa abordagem está alinhada ao compromisso da Itaipu com a modicidade tarifária e com a sustentabilidade do sistema energético brasileiro.

“A modernização do HVDC é essencial não apenas para a confiabilidade da transmissão, mas também para garantir que o Brasil continue se beneficiando de uma das matrizes energéticas mais limpas e eficientes do mundo”, destacou um porta-voz da Itaipu.

O HVDC é responsável por transportar energia em corrente contínua, um método que reduz perdas em longas distâncias e permite o envio eficiente de grandes blocos de energia. Esse modelo foi escolhido para Itaipu, considerando a necessidade de integrar o excedente gerado em 50 Hz (frequência utilizada no Paraguai) ao sistema brasileiro, que opera em 60 Hz.

Itaipu e seu legado estratégico

Desde o início de suas operações, Itaipu tem desempenhado um papel vital na matriz elétrica brasileira. Além de fornecer energia renovável e limpa, a usina e seus sistemas associados ajudam a garantir a estabilidade e a segurança do fornecimento de eletricidade para milhões de brasileiros. A modernização do HVDC reforça o compromisso da empresa com a inovação e a preparação para os desafios futuros do setor.

A estação de Ibiúna, que fica a menos de 100 km da cidade de São Paulo, é estratégica nesse contexto. Como ponto de interligação entre as regiões Sul e Sudeste, ela desempenha um papel essencial no abastecimento dos maiores polos consumidores do Brasil, consolidando o impacto nacional da energia gerada pela usina de Itaipu.

Com o avanço da revitalização, a usina reafirma sua importância não apenas como geradora de energia, mas também como referência em planejamento e execução de projetos de longo prazo, essenciais para atender às demandas de um país em constante crescimento.

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