Com R$ 1,6 bilhão em investimentos, programa transforma comunidades remotas e promove inclusão energética no estado
O programa Luz para Todos, fruto da parceria entre a Equatorial Pará e o Governo Federal, está revolucionando o acesso à energia elétrica em comunidades isoladas do Pará. Desde o início da iniciativa, em 2017, já foram realizadas 42.824 ligações elétricas em regiões remotas, com um investimento que ultrapassa R$ 1,6 bilhão.
Somente em 2024, mais de 15 mil famílias foram beneficiadas com sistemas de energia solar, evidenciando o compromisso do programa em promover inclusão energética e sustentabilidade. Segundo o contrato firmado com o Ministério de Minas e Energia, a meta é realizar mais 22.176 ligações até o segundo trimestre de 2026, abrangendo 23 municípios do estado.
Pará lidera em universalização de energia no Brasil
Com o maior programa de universalização de energia elétrica em áreas isoladas do país, o Pará se destaca pelo uso de soluções inovadoras para atender comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas e assentamentos rurais.
“A Equatorial está comprometida em levar energia a todos os paraenses. Este é um trabalho conjunto, essencial para o desenvolvimento do estado e para transformar a vida de nossos clientes,” afirmou Giorgiana Freitas, gerente de Geração da Equatorial Pará.
Segundo Giorgiana, o programa é o mais ambicioso do Brasil em termos de metas e impacto social, demonstrando como a parceria entre setor público e privado pode trazer mudanças significativas.
Energia solar para áreas remotas
O Luz para Todos adota um sistema de energia renovável descentralizado, baseado em placas fotovoltaicas e baterias, para comunidades de difícil acesso. Essas tecnologias permitem o fornecimento de até 80 kWh/mês por família, garantindo energia mesmo em períodos sem radiação solar.
Além disso, a conta de luz é emitida trimestralmente, e os moradores podem ser incluídos na Tarifa Social de Energia Elétrica, que oferece descontos progressivos para consumidores de baixa renda.
O programa também utiliza métodos convencionais, como linhas de transmissão e torres, para regiões mais acessíveis, diversificando suas abordagens para atender a diferentes localidades do estado.
Impacto transformador no cotidiano das famílias
Na Ilha do Marajó, por exemplo, o município de Breves registrou mais de 11.800 ligações com sistemas fotovoltaicos entre 2023 e 2024. Anderson Carvalho, professor na escola Esmerino França, compartilha como a chegada da energia solar mudou a realidade da comunidade.
“Antes, dependíamos de motores a combustível, que faziam muito barulho e limitavam nossas atividades. Agora temos energia silenciosa, o que melhora a concentração dos alunos. Podemos armazenar alimentos em freezers e oferecer merendas mais nutritivas. Além disso, uso o tema da energia solar nas aulas para ensinar sustentabilidade”, destacou o educador.
Outro exemplo de transformação vem de Carmem Lúcia França, moradora da Vila França, também em Breves. Para ela, a chegada da energia elétrica trouxe melhorias significativas no conforto e qualidade de vida.
“Minha vida mudou para melhor. Comprei freezer, ventilador, televisão e até uma máquina para bater açaí. Agora posso assistir aos jogos do Paysandu e beber água gelada. Antes, dependia de um motor que funcionava só à noite. Hoje, tenho energia o dia todo e vivo com mais tranquilidade”, comemorou.
Sustentabilidade e inclusão social
O Luz para Todos não apenas promove inclusão social e acesso a serviços básicos, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental. O uso de energia solar em regiões isoladas reduz a dependência de combustíveis fósseis, como óleo diesel, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa.
Para o futuro, o programa continua como um exemplo de como inovação tecnológica e políticas públicas bem executadas podem transformar a realidade de populações vulneráveis. Ao promover o acesso à energia renovável, o Luz para Todos reafirma o papel do Pará como um modelo para iniciativas de inclusão energética no Brasil.
Com mais de 42 mil famílias atendidas e novas metas ambiciosas para os próximos dois anos, o programa segue iluminando não apenas os lares paraenses, mas também o caminho para um futuro mais sustentável e igualitário.
