Cemig vende usinas com ágio de 78,8% e reforça estratégia de otimização do portfólio

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Venda das usinas rende R$ 52 milhões e marca novo passo no planejamento estratégico da companhia mineira

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) alcançou um importante marco nesta quinta-feira (5/12) ao realizar o leilão público de um lote composto por quatro usinas hidrelétricas, transferindo os ativos à Âmbar Energia por R$ 52 milhões. O valor, que representa um ágio de 78,79% em relação ao preço mínimo estipulado no edital (R$ 29,085 milhões), reflete a atratividade dos ativos e a eficiência do planejamento estratégico da companhia.

O lote leiloado inclui as Usinas Hidrelétricas Martins, Sinceridade e Marmelos, além da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Machado Mineiro, que juntas possuem capacidade instalada de 14,8 MW. O certame foi realizado na B3, em São Paulo, e contou com grande competitividade, consolidando mais um passo importante na estratégia de desinvestimentos da Cemig.

Financiando o maior programa de investimentos da Cemig

O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, celebrou o resultado do leilão, destacando a relevância dos recursos arrecadados para o futuro da companhia. “Esses R$ 52 milhões reforçam nosso compromisso com o maior programa de investimento da história da Cemig, que prevê a aplicação de R$ 49 bilhões entre 2019 e 2028. O foco é ampliar e modernizar a infraestrutura elétrica para entregar mais qualidade e confiabilidade aos serviços prestados aos mineiros e mineiras”, afirmou.

Desde 2020, a Cemig já soma mais de R$ 12 bilhões em recursos provenientes de desinvestimentos ou da redução de aportes de capital em ativos que não fazem parte do core business da companhia. A estratégia é clara: concentrar esforços em áreas onde a Cemig tem maior expertise, como distribuição, transmissão e geração centralizada de alta capacidade, e alocar capital de maneira eficiente.

Estratégia e resultados consolidados

O vice-presidente de Geração e Transmissão e de Participações da Cemig, Marcos Soligo, ressaltou o papel do planejamento no sucesso da licitação. “Foram meses de trabalho intenso, com a participação de cerca de 50 profissionais, que se dedicaram para garantir um edital robusto e transparente. Esse resultado é fruto de uma equipe extremamente competente e comprometida”, destacou.

Além do leilão desta semana, a Cemig concluiu no início do ano a alienação de 15 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), somando esforços para uma otimização de seu portfólio de ativos. Com essa estratégia, a companhia não apenas garante maior foco em seus negócios principais, mas também cria condições para investimentos que impactam diretamente a vida da população mineira.

Transformação no sistema elétrico de Minas Gerais

Os recursos obtidos com os desinvestimentos estão sendo direcionados para um ambicioso plano de modernização do sistema elétrico estadual. A Cemig prevê a construção de 200 novas subestações de energia até 2027, o que representará um aumento de 50% na capacidade de transformação do sistema elétrico de distribuição.

“Este ano já estamos batendo recordes: até o final de 2024, teremos entregado mais de 30 subestações e construído mil quilômetros de novas linhas de distribuição de 138 kV. Isso significa mais confiabilidade, menos interrupções e maior suporte ao crescimento econômico de Minas Gerais”, enfatizou Passanezi.

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