Cinco subestações no Sul e Sudeste do Brasil recebem equipamentos de última geração, ampliando a confiabilidade e a capacidade de fornecimento de energia em regiões estratégicas do país
A Eletrobras concluiu, no mês de novembro, a entrega antecipada de novos equipamentos em cinco subestações localizadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com um investimento total de R$ 300,6 milhões. O processo de modernização faz parte de um esforço contínuo da empresa para aumentar a confiabilidade, a eficiência e a segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN), que atende a milhões de brasileiros. Com a entrega desses novos equipamentos, as subestações de Curitiba (PR), Areia (PR), Blumenau (SC), Gravataí (RS) e Assis (SP) estão agora equipadas com tecnologia de ponta, o que garante maior estabilidade na distribuição de energia elétrica e melhor controle da tensão em todo o sistema.
De acordo com a Eletrobras, as melhorias nas cinco subestações resultaram em um incremento de R$ 45,5 milhões na Receita Anual Permitida (RAP) da subsidiária CGT Eletrosul, responsável pela operação dessas instalações. As obras foram executadas com o objetivo de melhorar a qualidade do fornecimento de energia, proporcionando maior segurança operacional, especialmente em momentos de maior demanda.
Investimentos Estratégicos nas Subestações
Subestação Gravataí (RS): A Subestação Gravataí, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi uma das mais beneficiadas com o novo investimento. A instalação recebeu um autotransformador monofásico de 525/230 kV (224 MVA), no valor de R$ 22,3 milhões. Este equipamento é essencial para garantir a estabilidade do fornecimento de energia para o Rio Grande do Sul, especialmente para a região metropolitana, que concentra uma grande parte da demanda do estado.
Subestação Blumenau (SC): No estado de Santa Catarina, a Subestação Blumenau também passou por melhorias significativas. A obra incluiu a instalação de um novo banco de autotransformadores de 525/230 kV (672 MVA), além de dois bancos de capacitores de 230 kV (125 MVAr), totalizando um investimento de R$ 68,7 milhões. Essa atualização tem um impacto direto no Vale do Itajaí, no Norte, Sul e Litorânea do estado, regiões que agora contarão com um fornecimento de energia mais robusto e eficiente.
Subestação Curitiba (PR): A capital paranaense também recebeu investimentos substanciais, com a modernização da Subestação Curitiba. Um novo banco de autotransformadores monofásicos de 525/230 kV (672 MVA) foi energizado, além de um banco de reatores de 525 kV (150 MVAr), no valor de R$ 91 milhões. Com essa atualização, a subestação agora tem uma capacidade ampliada para atender à Região Metropolitana de Curitiba, garantindo maior estabilidade para os consumidores da área.
Subestação Areia (PR): No município de Pinhão, no Centro-Sul do Paraná, a Subestação Areia recebeu um banco de autotransformadores de 525/230 kV (672 MVA), com um aporte de R$ 61,3 milhões. A modernização visa aumentar a eficiência do sistema de transmissão de energia para essa região, fundamental para o abastecimento do estado.
Subestação Assis (SP): Já no interior de São Paulo, a Subestação Assis foi equipada com novos transformadores monofásicos de 440/230 kV (336 MVA), além de um transformador reserva de 440/230 kV (112 MVA), com investimentos que somam R$ 57,1 milhões. Esta subestação é crucial para a interligação energética entre o Sul e o Sudeste do Brasil, região estratégica para o transporte de energia.
Benefícios para o Sistema Interligado Nacional (SIN)
A modernização das subestações traz uma série de benefícios para o Sistema Interligado Nacional, que atende a todos os estados do Brasil. As melhorias garantem maior estabilidade no fornecimento de energia elétrica, especialmente durante períodos de pico de consumo, e ajudam a reduzir os riscos de interrupções nos serviços. Além disso, os novos equipamentos oferecem maior capacidade de controle da tensão, o que é essencial para manter a qualidade do fornecimento de energia em níveis adequados, evitando flutuações que podem prejudicar a operação de indústrias, comércios e residências.
Patrick Cardoso, gerente de Implantação de Transmissão da Eletrobras CGT Eletrosul, ressaltou que a entrega antecipada dos equipamentos foi um reflexo do bom planejamento e da coordenação das equipes técnicas e operacionais. “A integração entre os times e o enfrentamento das condições climáticas adversas foram fundamentais para o sucesso das entregas”, afirmou Cardoso.
A diretora de Engenharia de Transmissão da Eletrobras, Luciana Martins, também destacou o empenho das equipes para garantir a qualidade das obras. “O trabalho coordenado entre as diferentes áreas e a atenção às diretrizes de segurança foi essencial para a conclusão bem-sucedida das melhorias nas subestações”, disse Martins.
O Impacto Econômico e Sustentável das Modernizações
Além de melhorar a confiabilidade do fornecimento de energia, as modernizações também têm um impacto econômico significativo. O incremento na RAP da Eletrobras, de R$ 45,5 milhões, reflete a importância estratégica dessas melhorias para a empresa. Com o aumento da capacidade de transmissão, a Eletrobras assegura a continuidade do fornecimento de energia para milhões de consumidores em diversas regiões do país, além de criar um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico.
A melhoria na infraestrutura energética também contribui para um modelo de desenvolvimento mais sustentável. Ao otimizar a eficiência do sistema elétrico, a Eletrobras contribui para a redução de perdas de energia e para o uso mais inteligente dos recursos naturais, alinhando-se aos objetivos globais de sustentabilidade e inovação tecnológica no setor de energia.
