Petrobras Amplia Investimentos em Transição Energética com Plano de US$ 111 Bilhões Até 2029

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Companhia destina US$ 16,3 bilhões a projetos de baixo carbono, marcando um aumento de 42% em relação ao plano anterior. Novas metas reforçam compromisso com a sustentabilidade e inovação

A Petrobras apresentou o Plano de Negócios 2025-2029 (PN 2025-29) e o Plano Estratégico 2050 (PE 2050), aprovados pelo Conselho de Administração no dia 21 de novembro. Com um aporte significativo de US$ 111 bilhões em investimentos previstos, a empresa reforça sua liderança na transição energética justa, consolidando metas de descarbonização, diversificação do portfólio e desenvolvimento sustentável.

Desses recursos, US$ 16,3 bilhões serão destinados à transição energética, representando um aumento de 42% em relação ao plano anterior. Este montante equivale a 15% do CAPEX total da companhia para o quinquênio, em comparação aos 11% do plano anterior.

Plano de Negócios e Estratégia de Longo Prazo

A Petrobras estruturou seu planejamento estratégico em duas frentes principais:

  • Plano Estratégico 2050 (PE 2050): Define a visão de longo prazo da companhia, projetando como deseja ser reconhecida em 2050. A meta é atuar como uma empresa diversificada e integrada de energia, com forte compromisso com sustentabilidade e inovação.
  • Plano de Negócios 2025-2029 (PN 2025-29): Estabelece metas de curto e médio prazo, direcionadas a garantir resultados imediatos e alinhar as operações ao futuro do setor energético.

O PE 2050 destaca a busca pela neutralidade de emissões operacionais até 2050 e a consolidação de uma posição de liderança na transição energética justa. Já o PN 2025-29 detalha ações concretas para integrar fontes renováveis ao portfólio, fortalecer a competitividade no mercado de óleo e gás e avançar em iniciativas de baixo carbono.

Investimentos Estratégicos em Baixo Carbono

A Petrobras aumentará seus aportes em projetos sustentáveis, que incluem:

  • Fontes Renováveis: Expansão em geração de energia solar e eólica onshore.
  • Biocombustíveis: Desenvolvimento de cadeias produtivas de etanol, biodiesel e biometano.
  • Hidrogênio de Baixo Carbono e CCUS (Captura, Transporte e Armazenamento de Carbono): Implementação de tecnologias avançadas para redução de emissões.

Além disso, a companhia destinará US$ 1,3 bilhão ao Programa Petrobras Carbono Neutro, que financiará soluções inovadoras de descarbonização selecionadas por seu potencial de mitigação de emissões.

“Estamos comprometidos em liderar a transição energética de maneira responsável e sustentável, desenvolvendo soluções que promovam a eficiência operacional e benefícios para a sociedade brasileira”, destacou o CEO da Petrobras.

Gás Natural e Energias Renováveis Ganham Espaço

O setor de Gás Natural e Energia (G&E) receberá US$ 2,6 bilhões em investimentos, mantendo o foco na confiabilidade das operações e na competitividade do mercado. Entre os projetos, está a construção de duas usinas termelétricas no Complexo de Energia Boaventura, no Rio de Janeiro, que dependem do sucesso em leilões futuros.

Compromissos de Sustentabilidade e Metas de Descarbonização

A Petrobras reafirma suas metas de descarbonização para 2030 e 2050, incluindo:

  • Redução de 30% nas emissões absolutas até 2030 (base 2015).
  • Neutralidade em emissões operacionais até 2050.
  • Reinjeção de 80 milhões de toneladas de CO₂ em projetos de CCUS até 2025.
  • Intensidade de emissões reduzida para 15 kgCO₂e/boe em Exploração e Produção até 2030.

Esses compromissos estão alinhados à ambição global de zerar emissões líquidas e promover soluções sustentáveis no setor energético.

Estratégia Financeira e Projeção de Resultados

O plano prevê uma estrutura de capital eficiente, com dívida bruta máxima de US$ 75 bilhões e fluxo de caixa robusto. A companhia estima dividendos entre US$ 45 bilhões e US$ 55 bilhões no período, conciliando a geração de caixa com os investimentos e obrigações financeiras.

A Petrobras também buscará parcerias estratégicas para otimizar os investimentos em biocombustíveis e fontes renováveis, diversificando sua atuação no mercado de baixo carbono.

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