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Energia Nuclear no Brasil: Angra 1 Ganha Fôlego para Mais 20 Anos de Operação

Ministro Alexandre Silveira reforça papel do urânio brasileiro para segurança energética sustentável e anuncia avanços no setor nuclear

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a prorrogação da autorização para a Usina Nuclear de Angra 1 operar por mais 20 anos, garantindo que o Brasil continue aproveitando sua infraestrutura nuclear para fortalecer a matriz energética nacional. A extensão da operação foi aprovada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão responsável por supervisionar o uso seguro da energia nuclear no país.

Silveira destacou o papel estratégico do urânio, recurso abundante no Brasil, como parte fundamental para atender à crescente demanda energética com alternativas limpas e seguras. “A energia nuclear é essencial para garantir uma matriz energética limpa, segura e sustentável. O Brasil possui um dos maiores potenciais do mundo em recursos de urânio e precisa explorar essa riqueza de maneira estratégica, sempre com foco na soberania e no desenvolvimento nacional”, afirmou.

Urânio: A Chave para a Soberania Energética Brasileira

Com uma das maiores reservas de urânio do mundo, o Brasil está bem posicionado para ampliar sua participação no mercado de energia nuclear. Atualmente, apenas 25% do território nacional foi mapeado para identificação de jazidas de urânio, o que sugere um potencial ainda maior. O Ministério de Minas e Energia (MME) tem buscado estratégias para impulsionar a mineração e o processamento desse mineral, com ênfase na segurança operacional e no cumprimento de padrões internacionais.

A extensão da operação de Angra 1 é um marco importante, mas o governo também está investindo em soluções tecnológicas de última geração, como os Reatores Modulares Pequenos (SMRs), que prometem revolucionar a geração de energia nuclear.

O Futuro da Energia Nuclear no Brasil: Angra 3 e SMRs

Outro pilar do plano energético é a conclusão das obras de Angra 3, parte do complexo nuclear localizado em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Com previsão de operação até 2030, Angra 3 deverá adicionar 1.405 MW de capacidade instalada à matriz energética brasileira, suficiente para abastecer mais de 6 milhões de residências.

Além disso, os Reatores Modulares Pequenos (SMRs) são apontados como uma alternativa inovadora e eficiente para atender comunidades isoladas ou regiões com baixa demanda energética. Esses reatores possuem menor custo de implantação e oferecem maior flexibilidade operacional, podendo complementar outras fontes renováveis, como eólica e solar.

“O Brasil está avançando rumo a um futuro energético diversificado, sustentável e confiável. Angra 3 e os SMRs representam o futuro da nossa matriz energética, complementando outras fontes renováveis e garantindo segurança energética para o Brasil”, declarou o ministro.

Impactos Econômicos e Ambientais

O fortalecimento do setor nuclear traz benefícios não apenas para a segurança energética, mas também para a economia nacional. A ampliação de projetos nucleares no Brasil pode gerar milhares de empregos diretos e indiretos, impulsionar a pesquisa científica e tecnológica e fomentar o desenvolvimento de cadeias produtivas ligadas ao segmento.

Do ponto de vista ambiental, a energia nuclear é considerada uma das fontes mais limpas, pois não emite gases de efeito estufa durante a geração. Em um momento de intensificação das mudanças climáticas, essa característica torna o investimento em energia nuclear ainda mais relevante.

Apesar dos avanços, o setor nuclear enfrenta desafios relacionados à segurança, ao gerenciamento de resíduos radioativos e à aceitação pública. O MME tem investido em campanhas de conscientização, promovendo o debate sobre os benefícios e riscos da energia nuclear, além de garantir que todas as operações sigam padrões rigorosos de segurança.

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