Com 10 GW de potência instalada, estado lidera a transição energética no Brasil, atraindo investidores internacionais e reduzindo emissões de CO₂ em escala histórica
Em novembro, o Minas Gerais alcançou a marca histórica de 10 gigawatts (GW) de potência fiscalizada em energia solar fotovoltaica, consolidando-se como líder absoluto no setor no Brasil. Este volume de energia não apenas ultrapassa as três maiores geradoras fósseis do país – Petrobras, Eneva e UTE GNA I, com 8,5 GW combinados – mas também reforça o compromisso mineiro com a sustentabilidade e a transição energética global.
Esse marco é resultado direto de políticas públicas inovadoras, como o Projeto Sol de Minas, e de um ambiente de negócios favorável, que atraiu bilhões de reais em investimentos e colocou o estado no radar de grandes players globais do setor de energia limpa.
Sustentabilidade e combate às mudanças climáticas
As mudanças climáticas são uma realidade cada vez mais evidente, e Minas Gerais tem respondido com ações concretas. Em viagem recente ao Azerbaijão, durante a COP 29, o governador Romeu Zema anunciou a meta de reduzir em 30% as emissões líquidas de CO₂ no estado até 2030.
Um dos principais pilares dessa meta está na utilização do potencial solar de Minas Gerais. A energia gerada pelo estado tem capacidade para evitar a emissão de até 13,5 mil toneladas de dióxido de carbono anualmente, o que equivale à retirada de mais de 7 milhões de carros de circulação.
“Minas Gerais é líder na produção de energia limpa no Brasil, graças às ações implementadas desde 2019. Hoje, todos os 853 municípios do estado contam com pelo menos uma unidade de geração de energia solar fotovoltaica”, ressaltou o governador Zema.
Investimentos recordes e impacto econômico
Os avanços do setor solar mineiro são reflexo de um boom de investimentos privados, que saltaram de R$ 6 bilhões para R$ 80 bilhões nos últimos seis anos. Empresas locais, como a Solar Energia e a Red Sol, têm se beneficiado diretamente desse cenário.
Gabriel Henrique, diretor da Solar Energia, destaca o impacto positivo da transição energética: “No Norte de Minas, o sonho das pessoas hoje é produzir sua própria energia de forma sustentável, assim como adquirir uma casa ou um carro”.
Já Witer Morais, diretor da Red Sol, aponta para a atratividade internacional do mercado mineiro. “Com incentivos como a isenção do ICMS, Minas Gerais tornou-se referência no setor. Hoje, temos investidores da França, Espanha e Estados Unidos interessados em projetos locais”, afirmou.
Além da energia solar, Minas Gerais tem investido em diversificação energética, buscando ampliar sua matriz limpa e sustentável. Um exemplo recente é a parceria com a empresa chinesa FTXT (GWM Hydrogen) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) para criar o primeiro Centro de Hidrogênio Verde do Brasil. O projeto inclui a construção de infraestrutura para caminhões movidos a hidrogênio verde, reforçando o pioneirismo do estado na economia verde.
Reconhecimento internacional na COP 29
Durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), Minas Gerais apresentou suas conquistas e estratégias de descarbonização, como a marca histórica de 10 GW de energia solar. A participação no evento consolidou o estado como referência global em transição energética, atraindo ainda mais atenção internacional para seus projetos.
Frederico Amaral, subsecretário de Atração de Investimentos, destacou o impacto das ações do governo: “Esse marco é prova da efetividade do programa Sol de Minas. Estamos comprometidos com a descarbonização da economia mineira, e os resultados falam por si.”
Minas Gerais tem mostrado que é possível combinar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental. A conquista dos 10 GW é apenas o início de uma jornada que promete consolidar o estado como líder nacional em energia limpa, contribuindo para um futuro sustentável e próspero para todos.