Governo do Ceará Assina Pré-Contrato de R$ 9 Bilhões com Fuella AS para Nova Planta de Hidrogênio Verde no Porto do Pecém

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Investimento da empresa norueguesa prevê produção de 400 mil toneladas anuais de amônia verde e mais de mil empregos diretos e indiretos na região

Em mais um passo decisivo para consolidar o Ceará como um polo de produção de hidrogênio verde, o Governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (28), a assinatura de um pré-contrato com a Fuella AS, empresa norueguesa especializada na produção e operação de plantas de hidrogênio verde (H2V) e amônia. Com investimento estimado em R$ 9 bilhões, o acordo prevê a construção de uma planta industrial de hidrogênio verde na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Além de contribuir para a transição energética, a planta deve gerar mil empregos durante a fase de construção e cerca de 100 postos de trabalho de alta qualificação quando entrar em operação.

O governador Elmano de Freitas, durante o evento de assinatura, destacou o papel do Ceará como pioneiro no Brasil na produção de hidrogênio verde e elogiou o trabalho conjunto com o Porto do Pecém. “Esse pré-contrato é um marco importante para o estado. Em dois anos, deveremos ter os projetos completos e, em até três anos, a construção da usina finalizada para iniciar a produção de amônia verde em grande escala”, explicou o governador.

Avanços para o Hub de Hidrogênio Verde no Ceará

Com a nova planta, a expectativa é consolidar o Porto do Pecém como um dos principais hubs de hidrogênio verde no Brasil e na América Latina. Esse novo investimento de R$ 9 bilhões da Fuella AS, com capacidade de produção de 400 mil toneladas anuais de amônia verde, será totalmente direcionado ao mercado externo. A empresa, que já participa de projetos semelhantes na Europa, é apoiada pela Allianz Capital Partners, do grupo Allianz, um dos maiores investidores e seguradores globais.

A relevância do Ceará no setor de hidrogênio verde tem atraído a atenção de investidores e parceiros internacionais, e a assinatura de pré-contratos com empresas europeias e americanas reflete o interesse crescente na localização estratégica e no potencial de produção de energia renovável do estado. Até o momento, os contratos para a ZPE do Porto do Pecém totalizam um investimento projetado de aproximadamente US$ 24 bilhões, segundo Hugo Figueirêdo, presidente do Complexo do Pecém.

“A Fuella AS é uma das principais empresas de hidrogênio verde no cenário global, e a sua presença fortalecerá ainda mais o nosso hub, criando um conjunto de soluções para a cadeia de H2V que beneficiarão tanto o mercado externo quanto o mercado interno”, afirmou Figueirêdo.

Parceria Estratégica e Amônia Verde para o Mercado Externo

Thorsten Helms, diretor de Negócios e Desenvolvimento Corporativo da Fuella, celebrou a parceria com o Ceará e destacou a importância do estado no cenário global de transição energética. “Estamos orgulhosos de ter o Ceará como parceiro. Este é um dos melhores locais do mundo para produzir amônia verde, e estamos ansiosos para iniciar as operações, honrados pela confiança depositada em nós para desenvolver essa tecnologia”, disse Helms.

A planta da Fuella AS será uma das primeiras na América Latina a integrar um hub de hidrogênio verde voltado exclusivamente para a produção de amônia verde, um derivado que poderá ser utilizado como combustível e como matéria-prima para a produção de fertilizantes, um dos produtos estratégicos no comércio mundial.

Apoio Internacional e Expansão Global da Fuella

A Fuella AS foi uma das vencedoras do primeiro leilão de hidrogênio do Banco Europeu, garantindo um financiamento de 720 milhões de euros da Comissão Europeia. Além do projeto no Brasil, a empresa já iniciou a construção de uma unidade de H2V na Europa, consolidando seu papel no setor de energia renovável em um mercado cada vez mais competitivo e em busca de soluções sustentáveis.

O apoio europeu ao projeto da Fuella reflete o compromisso da União Europeia em diversificar suas fontes de energia renovável e aumentar a segurança energética, em um contexto de transição global para energias limpas. O investimento no Ceará é parte dessa estratégia de expansão, que visa criar uma rede global de produção e distribuição de hidrogênio verde.

Impacto Econômico e Sustentabilidade para o Ceará

A construção da planta industrial também promete impulsionar o desenvolvimento econômico da região, gerando mil empregos diretos e indiretos na fase de construção, além de aproximadamente 100 empregos permanentes para a operação da unidade. Esses empregos de alta qualificação e o investimento em tecnologia avançada devem estimular a capacitação de mão-de-obra local e impulsionar outras atividades econômicas ligadas ao setor de energia no estado.

Além dos benefícios econômicos, a produção de hidrogênio verde e amônia verde é um dos pilares para a redução de emissões de gases de efeito estufa, sendo uma alternativa sustentável e de baixo impacto ambiental para a indústria global. A iniciativa reforça a imagem do Ceará como uma referência em inovação e sustentabilidade, inserindo o estado em uma nova rota de exportação de combustíveis limpos e derivados para o mercado externo.

Futuro Promissor para o Hidrogênio Verde no Brasil

Com o avanço dos projetos no Porto do Pecém e as parcerias com investidores internacionais, o Brasil se posiciona como um player importante no mercado global de hidrogênio verde, um setor com potencial de se tornar uma das principais fontes de energia do futuro. A expansão das atividades do hub de hidrogênio verde no Ceará é um reflexo do esforço do país em diversificar sua matriz energética e investir em fontes renováveis para atender à crescente demanda global por energia limpa e sustentável.

O Brasil possui vantagens competitivas para a produção de hidrogênio verde, incluindo vasta disponibilidade de fontes renováveis e grande área territorial, o que facilita a instalação de unidades de grande porte. Com a adesão de empresas de renome internacional, o Ceará se consolida na liderança desse movimento, abrindo caminho para que o Brasil se torne um dos principais exportadores de hidrogênio verde no mundo.

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