Empresa reforça compromisso com fontes renováveis e destaca a importância de políticas públicas para uma economia de baixo carbono
Durante a 14ª edição do Brazil Windpower (BWP), realizado em São Paulo, a Neoenergia reforçou sua visão sobre o papel fundamental da energia eólica na transição energética do Brasil. Laura Porto, diretora executiva de Renováveis da empresa, destacou que a eletrificação da economia através de fontes renováveis é a estratégia mais eficaz para impulsionar a descarbonização e contribuir para o combate às mudanças climáticas. Com 44 parques eólicos em operação, a Neoenergia considera que a expansão dessa fonte de energia é crucial para garantir um futuro sustentável e uma transição energética justa e acessível.
No painel “Cenários para política de industrialização verde – O papel da Indústria Eólica”, Laura Porto enfatizou a necessidade de novas políticas públicas que incentivem uma economia de baixo carbono. Segundo ela, tais políticas devem estar alinhadas à valoração de atributos ambientais das fontes renováveis, garantindo uma distribuição equitativa dos benefícios gerados. “A implantação de projetos de energia limpa, especialmente os de fonte eólica, é uma oportunidade para desenvolver políticas mais claras e consistentes que equilibrem incentivos econômicos com o uso sustentável dos recursos naturais”, afirmou Porto.
Energia eólica como motor da sustentabilidade
A Neoenergia está comprometida com o desenvolvimento sustentável por meio da expansão de fontes de energia renováveis. Com uma capacidade instalada de 1.554 MW em seus 44 parques eólicos, a empresa acredita que a descarbonização da matriz energética brasileira é essencial para enfrentar os desafios climáticos. A energia eólica, que tem se mostrado uma fonte estratégica, vem sendo cada vez mais integrada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), contribuindo para a complementaridade com o regime hídrico do país.
De acordo com Laura Porto, a indústria eólica brasileira já é madura e confiável, tendo demonstrado sua importância para a estabilidade do sistema elétrico nacional. Além disso, ela ressaltou os benefícios socioambientais da fonte, que tem baixos índices de emissões de gases de efeito estufa e potencial significativo de crescimento. “Em um cenário de economia de baixo carbono, a energia eólica tem se mostrado uma solução estratégica para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, promovendo um desenvolvimento mais sustentável e equilibrado”, completou.
Desafios e oportunidades para a indústria eólica
A participação da Neoenergia no Brazil Windpower reflete o protagonismo da empresa no setor eólico e seu papel ativo na promoção de uma transição energética inclusiva e acessível. A executiva mencionou que, para além dos avanços tecnológicos, a expansão da energia eólica no Brasil depende de políticas públicas que incentivem o setor e garantam tarifas adequadas aos consumidores. Para isso, Laura Porto defendeu uma abordagem equilibrada que leve em consideração tanto os benefícios ambientais quanto os aspectos econômicos e sociais da transição energética.
O BWP, considerado o maior congresso do setor eólico na América Latina, reuniu nos dias 23 e 24 de outubro importantes executivos, autoridades públicas e representantes de entidades do setor. O evento proporcionou discussões sobre os desafios e oportunidades da indústria eólica no Brasil e no mundo, especialmente em um contexto de crescente demanda por energias limpas e renováveis.
O papel estratégico da energia eólica no Brasil
No cenário brasileiro, a energia eólica se destaca como uma das principais fontes de energia limpa, com alta disponibilidade de recursos naturais e baixos impactos ambientais. O país possui condições favoráveis para a expansão dessa indústria, especialmente em regiões como o Nordeste, onde os ventos são constantes e estáveis, proporcionando maior eficiência na geração de energia.
A Neoenergia tem investido fortemente em energia eólica, acreditando que essa fonte será essencial para o cumprimento das metas de descarbonização estabelecidas pelos acordos internacionais, como o Acordo de Paris. Além disso, a empresa vê na energia eólica uma oportunidade para promover o desenvolvimento econômico e social em áreas menos favorecidas, contribuindo para a redução das desigualdades regionais.
Laura Porto destacou ainda a importância de se criar um ambiente regulatório que favoreça a atração de novos investimentos no setor, garantindo a continuidade do crescimento sustentável da indústria eólica no Brasil. Segundo ela, além dos benefícios econômicos, a expansão dessa fonte renovável pode contribuir significativamente para o combate às mudanças climáticas, um dos maiores desafios globais da atualidade.
