Iniciativa visa promover a equidade de gênero e incentivar o papel das mulheres na pesquisa e engenharia, com foco na transição energética
A ENGIE, em parceria com a Embaixada da França, lançou nesta segunda-feira (14/10) o prêmio “Mulheres na Transição Energética”, voltado para incentivar e valorizar o trabalho de mulheres cientistas e engenheiras no Brasil e na França, com foco na transição para uma economia de baixo carbono. As vencedoras do prêmio terão a oportunidade de participar de uma experiência imersiva de uma semana na França, onde poderão expandir seus conhecimentos e desenvolver suas carreiras em um cenário internacional de alto nível. A viagem está marcada para a semana do Dia Internacional da Mulher e da Menina na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro pela UNESCO.
A iniciativa é um marco importante na promoção da equidade de gênero no setor energético, um campo historicamente dominado por homens. Segundo Sophie Quarré de Verneuil, diretora de Pessoas e Cultura da ENGIE Brasil, o prêmio está alinhado com a missão da empresa de acelerar a transição para um mundo neutro em carbono, ao mesmo tempo que promove impacto positivo nas pessoas e no planeta. “Temos certeza de que essa troca de experiências entre lideranças brasileiras e francesas será rica e inspiradora, reforçando nossa ação pela equidade de gênero, especialmente no nosso setor,” destaca Quarré.
Premiações e elegibilidade
Serão concedidas três premiações, divididas em categorias para ampliar o alcance da iniciativa. O primeiro prêmio é voltado para pesquisadoras com menos de 10 anos de carreira na área de transição energética (sem contar o período de doutorado ou PhD). O segundo é destinado a engenheiras, também com menos de 10 anos de profissão, que atuem com projetos ligados à transição energética no Brasil. O terceiro prêmio é reservado para engenheiras da ENGIE Brasil, que estejam na empresa há pelo menos três meses e que tenham se destacado em projetos alinhados com a transição energética no país.
Para participar, as candidatas devem residir no Brasil, independentemente da nacionalidade, e precisam ter atuação ativa em prol da transição energética, contribuindo para soluções sustentáveis no setor de energia. As engenheiras da ENGIE serão avaliadas por critérios internos, sem a participação da Embaixada da França, mas com os mesmos requisitos da convocação externa.
Processo de seleção e prêmios
As inscrições para o prêmio já estão abertas e seguem até o dia 22 de novembro. As interessadas devem preencher um formulário online, disponível aqui, anexando currículo, carta de apresentação, descrição dos projetos desenvolvidos na área de transição energética e uma carta de apoio de uma personalidade do setor, entre outros documentos solicitados.
Um painel de especialistas da ENGIE Brasil, da Embaixada da França e de acadêmicos envolvidos na área de transição energética será responsável por avaliar as candidaturas externas. As colaboradoras da ENGIE serão avaliadas separadamente pelo Comitê Executivo da empresa, com base nos mesmos critérios de seleção das candidatas externas.
As vencedoras, que serão anunciadas no início de dezembro, ganharão uma viagem completa para a França, com passagens aéreas de ida e volta, sete noites de hospedagem e diárias para alimentação. Durante a imersão, as premiadas terão uma agenda robusta de encontros e atividades profissionais, incluindo reuniões com o Ministério de Transição Energética da França, visitas ao centro de P&D da ENGIE e trocas de experiências com equipes e especialistas da companhia.
Empoderamento feminino na ciência e engenharia
O lançamento do prêmio ocorre em um momento em que a equidade de gênero é cada vez mais discutida nas áreas de ciência e tecnologia. Embora as mulheres representem uma parte significativa da força de trabalho global, elas ainda são sub-representadas em setores de alta demanda, como engenharia e pesquisa científica, especialmente em áreas relacionadas à energia. Iniciativas como o prêmio “Mulheres na Transição Energética” são fundamentais para corrigir essa disparidade e estimular uma maior participação feminina em áreas críticas para o desenvolvimento sustentável.
De acordo com estudos da UNESCO, a participação de mulheres na ciência ainda enfrenta desafios, e eventos como o Dia Internacional da Mulher e da Menina na Ciência são essenciais para conscientizar sobre a importância de incluir mais mulheres no setor científico e tecnológico. A ENGIE, por meio dessa iniciativa, busca não apenas premiar, mas também abrir portas para mulheres que estão na vanguarda da pesquisa e inovação em transição energética.
A importância da transição energética
A transição para fontes de energia limpas e sustentáveis é uma prioridade global, e o Brasil tem um papel importante a desempenhar nesse processo. Com grande potencial para energias renováveis, como a solar e a eólica, o país pode se posicionar como um dos líderes na corrida por um futuro de baixo carbono. Nesse contexto, o papel das engenheiras e pesquisadoras que atuam nesse setor é crucial para o desenvolvimento de soluções inovadoras que possam acelerar a mudança para um sistema energético mais sustentável.
Com o apoio da Embaixada da França e de especialistas da área, o prêmio “Mulheres na Transição Energética” promete ser uma plataforma não apenas de reconhecimento, mas também de capacitação para as profissionais brasileiras que se destacam na luta por um futuro energético mais verde e inclusivo.