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Empresas brasileiras se unem por metas climáticas mais ambiciosas

54 empresas, lideradas pelo CEBDS, assinam Chamada à Ação por NDCs mais fortes durante a Semana do Clima em Nova York

Durante a Semana do Clima em Nova York, 54 grandes empresas brasileiras, incluindo Natura, Nestlé, Siemens Energy e Itaú, aderiram à Chamada à Ação por metas climáticas mais ousadas. Liderada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a iniciativa busca fortalecer as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e promover um ambiente regulatório que estimule o setor privado a investir cada vez mais na transição para uma economia de baixo carbono.

A Chamada à Ação, lançada em colaboração com o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) e a Coalizão We Mean Business (WMBC), propõe a criação de políticas públicas mais robustas, que alinhem o Brasil às expectativas internacionais. O documento também ressalta a importância de políticas claras e eficazes para garantir o cumprimento das metas climáticas estabelecidas pelo Acordo de Paris.

Brasil como protagonista global na agenda climática

A presidente do CEBDS, Marina Grossi, destacou a relevância do Brasil como anfitrião da COP 30 e presidente do G20 em 2024, afirmando que o país tem o papel de liderar os esforços globais para enfrentar as mudanças climáticas. Grossi ressaltou a importância de o governo brasileiro alinhar suas políticas, como o Plano de Transformação Ecológica e o Mercado de Carbono Regulado, às novas NDCs que deverão ser apresentadas até fevereiro de 2025.

Parcerias para um futuro sustentável

Peter Bakker, presidente do WBCSD, e María Mendiluce, CEO da WMBC, reforçaram que o sucesso das novas NDCs depende da cooperação entre governos e empresas. Eles enfatizaram que, com políticas claras e investimentos robustos, o setor privado pode impulsionar inovações que beneficiarão tanto o meio ambiente quanto as economias globais. Essa parceria é vista como crucial para garantir o cumprimento das metas de zero emissões líquidas e para acelerar a transição energética.

Demandas para uma transição climática justa e ambiciosa

O documento assinado pelas empresas também apresenta demandas específicas para a próxima rodada de NDCs, defendendo um ambiente regulatório que ofereça estabilidade e previsibilidade, encorajando o setor empresarial a intensificar seus esforços em planos de transição climática. A Chamada à Ação conclui que a participação do setor privado nas novas NDCs será um fator determinante para o sucesso da implementação das metas de sustentabilidade, garantindo uma transição justa e inclusiva para a economia de carbono zero.

Empresas signatárias da Chamada à Ação

Entre as empresas que apoiam a Chamada à Ação estão gigantes de diversos setores, como Accenture, Amaggi, Bradesco, Braskem, Cemig, Engie, JBS, Suzano, Unilever, Vale, entre outras, demonstrando o amplo apoio do setor privado à causa climática e o compromisso com um futuro mais sustentável.

Essa mobilização das empresas brasileiras ocorre em um momento crucial, já que a avaliação Global Stocktake da ONU mostrou que as NDCs atuais não são suficientes para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. Com a liderança do CEBDS, o setor empresarial busca preencher essa lacuna, promovendo políticas que incentivem investimentos na preservação do meio ambiente e no combate às mudanças climáticas.

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