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Autorização do Governo Permite Importação de Energia pela Eneva

Medida visa reduzir custos de geração em Roraima, que depende de termelétricas locais, e pode transformar o cenário energético da região

O Ministério de Minas e Energia autoriza a Eneva a importar energia elétrica de forma interruptível da Venezuela, Argentina e Uruguai. Essa iniciativa, publicada em portarias nesta segunda-feira, busca atender à demanda crescente de energia no estado de Roraima, que, até o momento, não é integrado à rede elétrica nacional. A medida, se bem-sucedida, pode resultar em economia significativa para os consumidores locais.

Desafios Energéticos em Roraima

Roraima enfrenta um cenário complicado em sua matriz energética, dependendo principalmente de geração termelétrica. O combustível utilizado por essas usinas é subsidiado pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que compõe a fatura de energia dos consumidores. A importação de energia da Venezuela, que se junta a outras empresas como Âmbar Energia e as comercializadoras Bolt e Tradener, será válida apenas se conseguir viabilizar a redução da CCC. Isso acontece considerando a diferença entre o preço da energia importada e o custo da geração termelétrica local.

Porém, há um entrave: desde 2019, a linha de transmissão que conecta o Brasil à Venezuela esteve ociosa e requer reparos antes que as importações possam ser efetivamente retomadas. Assim, embora a autorização tenha sido concedida, o caminho para a importação de energia da Venezuela ainda é incerto.

O Papel da Aneel e do CMSE

A importação de energia da Venezuela pela Eneva e outras empresas ainda depende de autorizações adicionais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Também será necessária uma deliberação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) sobre o preço e o volume dos contratos negociados com a Venezuela. Essas condições criam uma complexidade adicional que as empresas devem enfrentar para garantir que a energia chegue ao estado.

Importação Consistente da Argentina e Uruguai

Em contraste, as importações de energia da Argentina e do Uruguai já são uma prática estabelecida e rotineira. Esses fornecimentos seguem regras e procedimentos distintos, passando por liquidação no mercado de curto prazo brasileiro. A experiência adquirida ao longo dos anos nestas importações pode facilitar a transição para a nova realidade energética em Roraima, se a importação da Venezuela se concretizar.

Impacto Potencial na Economia Local

Caso a Eneva consiga implementar a importação de energia de forma eficaz, espera-se que isso não apenas reduza os custos de energia em Roraima, mas também ofereça uma alternativa mais sustentável em um momento em que as preocupações com as mudanças climáticas são mais urgentes do que nunca. A depender do resultado das importações, os consumidores de Roraima poderiam ver uma redução significativa em suas contas de energia, o que representaria um alívio financeiro bem-vindo.

Além disso, essa medida pode representar uma mudança de paradigma para o setor energético brasileiro, sinalizando uma nova era de colaborações intercontinentais que podem impulsionar o crescimento econômico e a segurança energética da região. Com a pressão global por soluções energéticas mais limpas e acessíveis, a iniciativa do governo pode ser vista como um passo proativo na direção certa.

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