Protocolo de intenções entre Enel Brasil e Cemaden visa antecipar eventos climáticos extremos e minimizar impactos na infraestrutura elétrica
Em um avanço significativo para a gestão de riscos climáticos no setor elétrico, a Enel Brasil e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) formalizaram um protocolo de intenções para colaboração estratégica. O acordo, assinado hoje, tem como objetivo a implementação de um projeto de previsibilidade climática que abrange todo o território nacional, com o intuito de antecipar eventos meteorológicos extremos e minimizar seus impactos sobre a infraestrutura elétrica.
A parceria permitirá à Enel Brasil compartilhar tecnologias avançadas e o conhecimento especializado do Cemaden, o maior centro de ciência, tecnologia e inovação em desastres naturais do Brasil. O objetivo é desenvolver um sistema de previsão de impacto climático de última geração, que possa antecipar e mitigar os efeitos de eventos climáticos adversos nas áreas de geração e distribuição de energia elétrica.
Fortalecendo a Resiliência da Infraestrutura Elétrica
A previsão e antecipação de desastres climáticos são essenciais para a redução de emergências e interrupções na rede elétrica. A colaboração com o Cemaden visa fortalecer a capacidade de previsão e prevenção de eventos extremos, assegurando uma resposta mais eficaz e o mínimo impacto sobre a infraestrutura crítica. “A infraestrutura elétrica é fundamental para a sociedade, e é crucial desenvolver estratégias que minimizem os impactos e assegurem a resiliência do sistema elétrico diante de adversidades climáticas. A parceria com o Cemaden é um passo importante para alcançar esses objetivos”, destacou Antonio Scala, CEO da Enel Brasil.
Marcelo Seluchi, Coordenador-Geral de Operações e Modelagem do Cemaden, ressaltou a importância do projeto. “Estamos avaliando as necessidades apresentadas para desenvolver um projeto que não só apoiará a Enel, mas também contribuirá para todo o setor energético. Nosso objetivo é criar soluções científicas e tecnológicas que tornem o setor mais robusto e resiliente frente ao aumento dos eventos extremos.”
Fases Iniciais e Investimentos Significativos
Nos primeiros seis meses da parceria, a Enel Brasil e o Cemaden concentrarão esforços na análise das necessidades e potencialidades do projeto. Esse período inicial será dedicado ao desenvolvimento de ferramentas e plataformas para fornecer previsões climáticas mais precisas e eficazes nas regiões de atuação da Enel. A colaboração busca criar um sistema robusto que possa ser integrado ao plano de contingenciamento da empresa e às operações do setor elétrico.
Além da colaboração com o Cemaden, a Enel Brasil está investindo significativamente em seu plano de contingência e melhorias na rede elétrica. Até 2026, a empresa destinará aproximadamente R$ 20 bilhões em investimentos, com 80% desse valor concentrado nas áreas de concessão das distribuidoras no Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. Em São Paulo, onde a Enel atende a 24 municípios da Região Metropolitana, o investimento será de R$ 6,2 bilhões, representando um aumento de 45% em relação à média anual dos anos anteriores.
Medidas Adicionais e Estratégias de Contingência
Além de aprimorar a previsibilidade climática, a Enel Brasil está implementando diversas medidas adicionais para reforçar sua capacidade de resposta a emergências. Entre as iniciativas estão a ampliação da automação da rede elétrica, a duplicação das podas de árvores próximas à fiação elétrica em comparação com o ano passado e o aumento da equipe própria em campo. Essas ações visam garantir uma operação mais eficiente e segura, minimizando os riscos associados a eventos climáticos extremos.
A parceria entre a Enel Brasil e o Cemaden representa um avanço significativo na preparação e resposta a desastres climáticos, reforçando o compromisso da Enel com a inovação e a excelência na gestão de sua infraestrutura elétrica. O desenvolvimento de um sistema avançado de previsibilidade climática não só beneficiará a Enel, mas também contribuirá para a resiliência do setor elétrico como um todo.