Boletim do Programa Mensal de Operação de setembro mostra aumento projetado na demanda de carga para a maioria das regiões, com exceção do Sudeste/Centro-Oeste
O boletim mais recente do Programa Mensal de Operação (PMO), que cobre o período de 31 de agosto a 6 de setembro, traz novas projeções sobre a demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com o relatório, a expectativa é de um crescimento geral na demanda de carga, com uma previsão de avanço de 0,3% no SIN, alcançando 77.432 MWmed.
Crescimento por Subsistema
Entre os subsistemas, o Norte deve registrar o aumento mais expressivo, com uma alta projetada de 5,9%, totalizando 8.149 MWmed. O Nordeste segue com uma previsão de crescimento de 4,7%, somando 13.246 MWmed. O Sul também apresenta um avanço de 3,3%, alcançando 13.051 MWmed. Por outro lado, o Sudeste/Centro-Oeste é o único subsistema com perspectiva de desaceleração, prevendo uma redução de 2,8%, com demanda estimada em 42.986 MWmed.
Essas estimativas refletem uma comparação entre os dados de setembro de 2024 e 2023, demonstrando diferenças significativas na evolução da demanda de carga entre as diversas regiões do país.
Energia Armazenada e Energia Natural Afluente
A previsão para a Energia Armazenada (EAR) até o final de setembro indica que dois subsistemas estarão com níveis superiores a 50%: o Norte, com 74,9%, e o Nordeste, com 51,4%. Os percentuais estimados para o Sul e o Sudeste/Centro-Oeste são de 49,3% e 48%, respectivamente. Estes níveis estão dentro do esperado para este período do ano, caracterizado por uma baixa no nível de precipitações.
No que diz respeito à Energia Natural Afluente (ENA), os índices permanecem abaixo da Média de Longo Termo (MLT), com nenhuma região superando 50% da MLT. O Sudeste/Centro-Oeste deverá registrar o maior percentual, alcançando 50% da MLT. As outras regiões devem apresentar as seguintes estimativas: Norte com 47%, Nordeste com 44%, e Sul com 42% da MLT.
A baixa afluência de água tem sido uma preocupação contínua desde dezembro de 2023. No entanto, o Sistema Interligado Nacional (SIN) continua a contar com recursos suficientes para atender às demandas de carga e potência da sociedade, o que garante a estabilidade do fornecimento elétrico.
Custo Marginal de Operação
O Custo Marginal de Operação (CMO) permanece uniforme em todas as regiões do país, fixado em R$ 277,76. Esse valor é crucial para a análise da operação e planejamento energético, influenciando diretamente as estratégias de gestão de recursos e custos.
