Aquisição antecipada de 50% das ações restantes reforça a estratégia da Vibra em expandir seu portfólio energético e maximizar sinergias financeiras
A Vibra, maior distribuidora de combustíveis e lubrificantes do Brasil, deu um passo decisivo em sua estratégia de diversificação energética ao anunciar, em 21 de agosto, a compra dos 50% restantes das ações da Comerc. Com essa aquisição, inicialmente prevista para ocorrer entre 2026 e 2028, a Comerc torna-se uma subsidiária integral da Vibra, fortalecendo sua posição no mercado de energia. A operação foi concretizada por R$ 3,525 bilhões, refletindo o forte desempenho da Comerc e as sinergias previstas entre as duas companhias.
A decisão de antecipar a compra foi motivada por uma série de fatores estratégicos, como o robusto retorno financeiro e as significativas sinergias que serão geradas a partir da integração completa das operações. De acordo com o CEO da Vibra, Ernesto Pousada, “Nossa decisão é motivada pelo importante retorno financeiro, que virá de sinergias significativas entre as duas empresas e pelo baixo risco do negócio já totalmente operacional.”
A Comerc, que já gerava um EBITDA anualizado de R$ 1 bilhão em 2024, implementou diversos projetos de geração de energia nos últimos anos, garantindo um retorno seguro sobre os investimentos. Mais de 90% da energia certificada (P90) vendida pela Comerc possui contratos de longo prazo, reajustados pela inflação, o que assegura a robustez do fluxo de caixa da empresa. Esses fatores contribuíram para a Vibra acelerar a conclusão do negócio, visando maximizar o crescimento no setor de energia.
Aumento das Sinergias e Expansão da Plataforma Energética
Com a integração completa da Comerc, a Vibra estima gerar aproximadamente R$ 1,4 bilhão em sinergias imediatas. Esse montante será alcançado por meio da otimização da estrutura fiscal, redução do custo de dívida, entre outras medidas. A expectativa é que a Comerc, em 2025, aporte cerca de R$ 1,3 bilhão ao EBITDA da Vibra, consolidando-se como uma das principais fontes de crescimento da companhia.
A continuidade da equipe de liderança da Comerc também foi assegurada no acordo. Cristopher Vlavianos, fundador da Comerc, permanecerá na empresa até 2028, garantindo a continuidade estratégica e operacional da companhia. Clarissa Sadock, atual Vice-Presidente de Renovável e ESG da Vibra, assumirá o cargo de CEO da Comerc após um período de transição gradual com o atual CEO, André Dorf.
“Nos últimos 20 anos, nos dedicamos a construir a melhor plataforma de soluções em energia do país. Agora, a Vibra segue investindo na Comerc de forma ainda mais objetiva, impulsionando nosso crescimento para novos patamares”, destacou Vlavianos, evidenciando o alinhamento das estratégias entre as duas empresas.
Expansão do Mercado Livre e Novas Oportunidades
A aquisição da Comerc pela Vibra também representa uma ampliação significativa das ofertas de produtos e serviços da plataforma energética da companhia. A entrada de novos clientes no mercado livre de energia, além de novas oportunidades em projetos de eficiência energética e baterias, são vistas como grandes alavancas de crescimento para a Comerc.
A Vibra, por sua vez, levará seu modelo de gestão, focado em alocação de capital com retorno, para ampliar ainda mais o potencial da Comerc. “Estamos muito felizes em receber os clientes da Comerc também como clientes Vibra. Com nossa experiência, vamos atendê-los com o mesmo cuidado e parceria, que são marcas da Vibra, mantendo a qualidade da entrega já reconhecida da Comerc”, afirmou Ernesto Pousada.
A conclusão da operação ainda depende das aprovações habituais para esse tipo de transação, mas a expectativa é que seja finalizada no primeiro trimestre de 2025. Com essa aquisição, a Vibra reforça sua posição de liderança no mercado energético brasileiro, acelerando sua transição para uma plataforma multienergia robusta e diversificada.
Dados Comerc:
- 09 parques solares em operação com capacidade instalada de 1,561 MWp
- Participação em 03 parques eólicos em operação, representando uma capacidade instalada de 280 MW
- Gestão de 4,5 mil unidades consumidoras
- Gestão de 6% da energia consumida no país
- 500 inventários de carbono já realizados
- 86 usinas em geração distribuída solar com 284 MWp em operação