Crescimento da Demanda de Energia em Agosto: Regiões do Brasil Mostram Expansão Significativa Apesar de Desafios Hídricos

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Projeções apontam crescimento em todos os subsistemas do Sistema Interligado Nacional, mesmo com queda nas reservas hídricas no Sul

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) para a semana de 10 a 16 de agosto trouxe boas notícias para o setor energético brasileiro. As projeções indicam um crescimento robusto na demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os subsistemas do país, com um avanço estimado de 3,9%, alcançando 75.928 MWmed. No entanto, este crescimento ocorre em um contexto de desafios relacionados à disponibilidade de recursos hídricos, especialmente na Região Sul.

Crescimento da Demanda de Carga: Projeções Regionais

A análise do PMO revela que o Norte será a região com o maior crescimento percentual na demanda de carga, projetando um aumento de 7,4%, equivalente a 8.071 MWmed. Em seguida, o Nordeste deverá crescer 6,9%, o que representa 12.651 MWmed. O Sul e o Sudeste/Centro-Oeste também devem experimentar aceleração, com 6,1% (13.035 MWmed) e 1,8% (42.171 MWmed), respectivamente. Essas previsões são comparadas aos números verificados no mesmo período do ano anterior, proporcionando uma visão clara da evolução da demanda de energia.

Desafios nas Reservas Hídricas

Embora as perspectivas de crescimento sejam promissoras, o boletim destaca um desafio significativo: a diminuição das reservas hídricas. As perspectivas de Energia Natural Afluente (ENA) para o final de agosto estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT), que é uma referência para o período seco do ano. A região Sul, em particular, está enfrentando uma redução acentuada, com uma ENA projetada em 67% da MLT, 17 pontos percentuais abaixo da revisão anterior que era de 84%.

Os demais subsistemas também estão enfrentando desafios relacionados à disponibilidade de água. O Sudeste/Centro-Oeste apresenta uma projeção de 56% da MLT, o Norte 48%, e o Nordeste 43%. Essas porcentagens indicam que todos os subsistemas estão operando com níveis de ENA abaixo da média histórica, refletindo as condições secas que afetam a disponibilidade de recursos hídricos.

Perspectivas de Energia Armazenada (EAR)

Apesar das dificuldades com a ENA, as perspectivas para a Energia Armazenada (EAR) são mais otimistas. Até o final de agosto, todas as quatro regiões do Brasil devem registrar níveis de EAR superiores a 50%. O Norte e o Sul são os destaques, com estimativas de 80,8% e 73,9%, respectivamente. O Nordeste deve terminar o mês com 56,9%, e o Sudeste/Centro-Oeste com 54,8%. Esses níveis indicam uma capacidade de armazenamento saudável, o que pode ajudar a mitigar os impactos das condições secas na geração de energia.

Custo Marginal de Operação (CMO)

O relatório também informa que o Custo Marginal de Operação (CMO) está estabilizado em R$ 111,09 em todos os submercados. Esse valor uniforme sugere uma certa estabilidade nos custos operacionais, apesar das variações na disponibilidade de recursos e na demanda.

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