A CPFL enfrenta desafios no segundo trimestre de 2024, com Queda de 11% Devido a Impactos Climáticos no RS

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Resultado financeiro revela desafio com desastres naturais e impactos em áreas-chave

A CPFL Energia (CPFE3) divulgou nesta quinta-feira, 8 de agosto, seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24), revelando um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão. Este resultado representa uma queda de 11,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O balanço ficou levemente acima das expectativas do consenso Bloomberg, que previa um lucro de R$ 1,09 bilhão para o trimestre.

Além do lucro, o EBITDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) da companhia atingiu R$ 2,83 bilhões, uma diminuição de 7,1% em relação ao segundo trimestre de 2023. Apesar da queda no lucro, o EBITDA superou as expectativas de analistas.

A receita operacional líquida da CPFL no 2T24 totalizou R$ 9,66 bilhões, marcando um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, a receita nos segmentos de distribuição, geração e transmissão apresentou variações significativas. A receita do segmento de distribuição de energia alcançou R$ 1,69 bilhão, refletindo uma queda de 6,3% ano a ano. Já os segmentos de geração e transmissão geraram R$ 856 milhões e R$ 233 milhões, respectivamente, com quedas de 7% e 10%.

Impactos das Enchentes no Rio Grande do Sul

Um fator significativo para o desempenho financeiro da CPFL foi o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram a maioria dos municípios da área de concessão da empresa. No auge da crise, 315 mil clientes ficaram sem energia, principalmente por questões de segurança. A empresa mobilizou mais de 150 colaboradores de suas operações na região Sudeste para reforçar as equipes da RGE (Recursos de Gestão de Energia) e restabelecer o fornecimento de energia o mais rapidamente possível.

“Chegamos a ter 98,7% dos municípios de nossa área de concessão afetados. Enviamos equipes para colaborar na recuperação da energia para a população. Solicitamos também à Aneel a postergação do reajuste tarifário que deveria ocorrer em junho”, explica Gustavo Estrella, presidente da CPFL Energia. O impacto das enchentes resultou em uma perda de R$ 84 milhões devido à baixa de ativos, serviços de terceiros e impossibilidade de faturamento para os clientes afetados.

Estrella destacou o esforço das equipes envolvidas na recuperação, expressando agradecimento pela dedicação e empenho. A companhia está comprometida em recuperar suas operações no estado e minimizar os efeitos adversos das condições climáticas adversas.

Perspectivas Futuras

Apesar dos desafios enfrentados, a CPFL Energia continua a trabalhar em sua recuperação e a se adaptar às condições do mercado e às necessidades dos seus clientes. A empresa está focada em fortalecer suas operações e melhorar sua capacidade de resposta a emergências e desastres naturais.

O impacto das enchentes destaca a vulnerabilidade das infraestruturas de energia a eventos climáticos extremos e a importância de estratégias de mitigação e resposta eficiente. A CPFL continua a avaliar suas operações e buscar melhorias para garantir a resiliência e a confiabilidade de seu serviço.

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