Com expansão na venda de energia e avanços em geração distribuída e infraestrutura de gás, o Grupo Energisa se consolida como um dos líderes do setor energético no Brasil.
O Grupo Energisa divulgou seus resultados financeiros para o segundo trimestre de 2024, destacando um crescimento significativo em vários indicadores de desempenho. O lucro líquido ajustado recorrente da empresa aumentou 16,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 377,6 milhões. Já o EBITDA ajustado recorrente chegou a R$ 1,658 bilhão, representando um crescimento de 13,2% em comparação com o segundo trimestre de 2023.
Este desempenho robusto reflete a estratégia bem-sucedida da Energisa em diversificar e expandir suas operações, especialmente no setor de distribuição de energia elétrica, onde a empresa investiu R$ 1,3 bilhão durante o trimestre. Esse montante representa um aumento de mais de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, reforçando a presença do grupo em 11 estados brasileiros, onde atende cerca de 8,6 milhões de clientes, equivalente a 10% da população do país.
Crescimento no Mercado de Energia
O mercado de energia foi um dos principais motores do crescimento do Grupo Energisa. No segundo trimestre de 2024, as vendas de energia das distribuidoras do grupo aumentaram 11,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 10.520,5 GWh, a maior taxa de crescimento dos últimos 23 anos. Esse aumento foi impulsionado pelo crescimento do consumo em todas as classes, com destaque para o segmento residencial, que registrou uma alta de 15,5%.
A alta nas temperaturas, com ondas de calor e menor volume pluviométrico, além do bom desempenho do comércio e da indústria, especialmente na cadeia de alimentos, contribuíram para esse resultado expressivo. Indicadores do IBGE mostram que a produção industrial acumulou uma alta de 2,5% até maio de 2024, com crescimento em 18 dos 24 segmentos avaliados.
Avanços na Transmissão e Geração Distribuída
No segmento de transmissão, o Grupo Energisa também registrou resultados positivos, com um aumento de 6,7% no resultado societário, atribuído principalmente ao avanço físico dos projetos Energisa Amapá, Energisa Amazonas I e Energisa Amazonas II. O resultado regulatório também foi positivo, com a receita líquida crescendo 10%, refletindo o reajuste inflacionário e a entrada em operação de novas instalações no Amazonas e Tocantins.
A empresa ainda deu um passo importante em sua expansão na região Nordeste ao assinar, em junho de 2024, o contrato de concessão do lote 12 do Leilão de Transmissão da ANEEL 001/2024, que prevê a construção de linhas de transmissão entre os estados do Maranhão e Piauí. Esse projeto visa ampliar a capacidade de escoamento das usinas na região e atender ao crescimento da demanda local.
No segmento de geração distribuída, a (re)energisa, braço da empresa nesse setor, encerrou o segundo trimestre de 2024 com 369,87 MWp de potência instalada, distribuídos em 95 plantas operacionais. A aquisição de novas usinas fotovoltaicas nos estados de São Paulo, Maranhão e Piauí adicionou 19,4 MWp ao portfólio da empresa, marcando sua entrada na região Nordeste. A receita líquida da (re)energisa cresceu 106,4% em comparação com o segundo trimestre de 2023, impulsionada pelo aumento de 22,6% na potência instalada.
Desempenho da ES Gás
A aquisição da ES Gás, completada há um ano, também contribuiu para o desempenho positivo do Grupo Energisa. No segundo trimestre de 2024, a base de clientes da ES Gás cresceu 7,2% em relação ao ano anterior, totalizando 83.349 unidades consumidoras. A rede de distribuição também se expandiu, atingindo 557 km, um aumento de 60,95 km em comparação com o mesmo período de 2023.
Apesar do crescimento nos segmentos residencial e comercial, os setores industrial e automotivo enfrentaram quedas significativas, com o segmento termoelétrico registrando uma redução de 99,3% devido à decisão da ANEEL de interromper os despachos das usinas térmicas emergenciais.
Para impulsionar ainda mais o desenvolvimento do setor, o governo do Espírito Santo lançou o Programa ES Mais+Gás, que visa promover o uso sustentável do gás natural e do biometano, com metas ambiciosas de redução de emissões de gases de efeito estufa e diversificação da matriz energética do Estado.