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Nova Diretriz da ANEEL para Conexão de Micro e Minigeração: Entenda as Regras para Inversão de Fluxo

Manual REN nº 1.000/2021 Introduz Procedimentos Rigorosos para Distribuidoras de Energia Elétrica

No cenário atual de crescente integração de fontes de energia renovável, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) implementou uma atualização significativa com a introdução do Manual de Instruções para Apresentação de Estudos de Inversão de Fluxo, conforme a Resolução Normativa (REN) nº 1.000/2021. Este novo manual estabelece um conjunto detalhado de diretrizes que visam assegurar a eficiência e a transparência no processo de conexão de microgeração e minigeração distribuída (MMGD) às redes elétricas. A seguir, exploramos os principais pontos desta normativa e suas implicações para distribuidoras e consumidores.

Objetivo e Abrangência

O principal objetivo da REN nº 1.000/2021 é garantir que as distribuidoras de energia elétrica apresentem estudos claros e detalhados sobre a inversão de fluxo que pode ocorrer com a conexão de MMGD. Esses estudos são obrigatórios em situações que envolvam novas conexões ou aumento de potência que possam resultar em inversão de fluxo. As exceções são especificadas no artigo 73-A da normativa, mas, de modo geral, as distribuidoras devem seguir rigorosamente os procedimentos estabelecidos.

Procedimentos e Forma de Apresentação

Para garantir a padronização e a precisão dos estudos, a REN nº 1.000/2021 define a forma de apresentação dos estudos através do Anexo I. Este anexo detalha os requisitos técnicos e documentais que devem ser incluídos, como as informações básicas sobre o consumidor e a MMGD, além dos dados técnicos detalhados de acordo com o formulário padronizado pela ANEEL.

A apresentação do estudo deve ser acompanhada do orçamento de conexão, facilitando a análise da viabilidade econômica e técnica da conexão proposta. Além disso, a análise deve incluir uma demonstração clara da inversão de fluxo, considerando variações horárias e sazonais, para garantir que todos os aspectos do impacto sejam avaliados.

Análise das Alternativas e Conclusões

Uma parte crucial do estudo é a análise das alternativas para eliminação da inversão de fluxo. As distribuidoras devem avaliar opções como a reconfiguração de circuitos, a definição de novos circuitos elétricos, a conexão em níveis de tensão superiores e a redução da potência injetável. As conclusões devem ser apresentadas com justificativas detalhadas, permitindo uma compreensão completa das soluções propostas e sua viabilidade.

Resumo e Orientações

O manual exige um resumo claro da viabilidade das alternativas, facilitando a seleção pela parte consumidora. Além disso, as distribuidoras devem fornecer orientações sobre os próximos passos e os prazos estabelecidos para garantir que o processo de conexão prossiga de forma eficiente.

Os dados e ferramentas utilizados na análise também devem ser descritos com precisão, assegurando a transparência do processo. Para questões e reclamações, a normativa estabelece canais de atendimento e informações de contato que devem estar facilmente acessíveis para os consumidores.

Responsáveis e Alterações

A identificação dos responsáveis pela elaboração dos estudos é outra exigência do manual, promovendo a responsabilidade e a clareza. As alterações realizadas na revisão atual do manual também devem ser detalhadas para garantir que todos os envolvidos estejam atualizados sobre as mudanças e suas implicações.

O Manual REN nº 1.000/2021 representa um avanço importante para a regulamentação da conexão de MMGD, promovendo um ambiente mais transparente e eficiente para a integração de fontes de energia renovável. As distribuidoras devem estar preparadas para adaptar seus procedimentos às novas diretrizes, garantindo que a expansão da microgeração e minigeração seja realizada de maneira segura e eficiente.

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