Região Sul se destaca com projeção de 168% da Média de Longo Termo, enquanto outras regiões enfrentam cenários mais desafiadores
O Programa Mensal de Operação (PMO) divulgado entre os dias 20 e 26 de julho pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revela um panorama preocupante para o abastecimento de energia no Brasil. A Energia Natural Afluente (ENA) estimada para o final do mês permanece abaixo das médias históricas, exceto pela região Sul, que apresenta uma projeção de 168% da Média de Longo Termo (MLT). Em contrapartida, o Sudeste/Centro-Oeste projeta apenas 58% da MLT, o Norte 52% e o Nordeste 43%.
Além disso, as estimativas de Energia Armazenada (EAR) para 31 de julho indicam valores superiores a 60% em todas as regiões, com destaque para o Sul (87,1%) e o Norte (86,9%). Esses números refletem uma situação de relativo conforto em termos de reserva energética, mas contrastam com as dificuldades previstas na ENA.
O relatório também aponta um crescimento na demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) e nos submercados regionais. A expectativa é de um aumento geral de 5,8% na demanda, alcançando 74.423 MWMed. Os submercados Sul e Norte lideram o crescimento com 9,2% (13.175 MWMed) e 8,4% (7.764 MWMed), respectivamente, seguidos pelo Nordeste com 5,9% (12.290 MWMed) e pelo Sudeste/Centro-Oeste com 4,3% (41.194 MWMed).
Em termos de custos, o Custo Marginal de Operação (CMO) registrou uma redução significativa de 9,3%, agora fixado em R$ 61,45 para todos os submercados, o que pode refletir em benefícios para o consumidor final.
O desafio persistente é garantir o suprimento energético adequado diante das variações climáticas e da demanda crescente, colocando em evidência a necessidade de estratégias robustas para o setor elétrico brasileiro.
Para mais detalhes, o relatório completo pode ser acessado aqui.